quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dicas de Estudos I

Como sempre falo, não existe uma maneira certa e nem uma fórmula tipo “receita de bolo” para estudar. O concurseiro deve utilizar a técnica com a qual melhor se identifica. Mas, de modo geral, algumas atividades são indispensáveis. Falarei a seguir um pouco mais sobre as atitudes a serem tomadas para iniciar com o pé direito o estudo e algumas etapas que não podem faltar na sua preparação.

Ter estratégia para estudo é uma das condutas mais importantes para o aprendizado, é o plano que você irá desenvolver. São muitas as estratégias, para as diferentes metas e a melhor é, justamente, aquela que envolve o todo do projeto e com a qual você melhor se identifica.

Ao escolher sua estratégia é necessário observar três fatores: a personalização, sua flexibilidade para adequá-la e a avaliação do custo benefício que trará para você.

Nenhuma técnica está “escrita na pedra” é sempre possível modificá-la para melhor atender às suas necessidades. As preferências pessoais irão moldar as melhores estratégias e os resultados virão com a intimidade com a técnica e o autoconhecimento que determinarão suas escolhas. Proponho, a seguir, um exemplo possível de estratégia de estudo, comentando seus itens:

  • Assistir às aulas: alguns concurseiros têm a possibilidade (condição financeira e tempo) de frequentar um curso preparatório ou aulas das disciplinas exigidas pelo edital em cursos de extensão e universidades. Para aqueles que têm essa oportunidade, assistir às aulas, frequentá-las com assiduidade e tirar eventuais dúvidas é uma excelente forma de auxiliar na preparação. Os professores dos cursos são fonte de informação e vão ajudá-lo a orientar seu estudo e direcioná-lo para que seja bem-sucedido.
  • Realizar anotações: anotar o conteúdo de aulas é uma prática antiga que auxilia na memorização de um dado conteúdo. Anotar é a melhor maneira de recordar.ização, ou seja, não dispensam a leitura e compreensão da matéria. Outra forma de colocar as anotações de uma forma ainda mais prática é dispondo-as em mapas mentais. A técnica de mapas mentais constitui-se em dispor a informação em desenhos simples que remetam ao conteúdo da matéria. Por ser uma forma mnemônica de estudo possui grande eficiência. Reforço que os mapas são uma técnica de memor
  • Leitura inicial (livros, códigos, doutrina, súmulas etc.): a maior parte dos concurseiros começa exatamente nessa fase. Sem as aulas para dar o suporte ao estudo, eles partem do edital e pelas obras de referência estudam os conteúdos que serão cobrados. A leitura é indispensável para qualquer certame. Leia, inclusive, comentários e repercussões sobre as provas nessa leitura inicial.
  • Leitura aprofundada: após feita a primeira leitura é chegada a hora de ler profundamente, destacando as partes mais importantes do texto. Nesse momento é valido sublinhar, marcar com marca-texto, envolver, comentar nas bordas, colocar símbolos e setas, enfim, tudo que facilite a apreensão do conteúdo. A técnica da leitura dinâmica pode ser utilizada em qualquer fase da leitura e irá ajudar o concurseiro a ganhar tempo, entretanto, deve ser feita corretamente, não se trata de “ler rápido”, trata-se de “ler eficiente”.
  • Elaboração de resumos: o próximo passo após a leitura aprofundada é exatamente a elaboração de resumos, com os elementos que foram destacados em sua leitura aprofundada. Como as anotações de aula, são extremamente úteis na preparação, especialmente por destacarem o mais importante na matéria. O resumo, em si, já é uma forma de estudar, porque ao transcrever o conteúdo acabamos por fixá-lo. Não confundir, no entanto, transcrever simplesmente com fazer um resumo. Ao resumir você tem de prestar atenção ao todo da matéria e, até mesmo, realizar remissões no assunto.
  • Realização de exercícios: sem dúvida alguma uma das etapas mais importantes em sua sequência de estudos, a realização de exercícios, especialmente a resolução de provas anteriores, é indispensável uma vez que, além de auxiliá-lo na revisão, irá prepará-lo para o estilo de prova de determinadas bancas. Estar familiarizado com o estilo de pergunta ou “pegadinhas” propostas é uma boa parte do caminho para o sucesso. Alguns conteúdos também tendem a se repetir, dessa maneira, ter feito prova anteriores é uma forma de se antecipar e prever provas futuras.
  • Revisão dos assuntos ainda não consolidados:após toda a revisão e leitura é normal que alguns assuntos não se tenham consolidado na mente dos concurseiros. Um bom termômetro para medir essa assimilação é, justamente, a realização de provas anteriores. Aquelas questões que foram respondidas de maneira incorreta, porque o candidato, realmente não dominava o assunto – e não porque resolveu mudar a resposta na última hora – devem ter seu conteúdo reforçado. Releia os resumos e marcações no livro, faça novos comentários e relacione o conteúdo de maneira a facilitar a conexão com outros assuntos mais fáceis para você.
  • Revisão dos resumos: assim como é necessário rever os resumos e fazer novos comentários, em muitos casos será necessário refazê-los, seja para complementá-los ou simplificá-los. É comum que os primeiros resumos sejam bastante complexos e com muitas informações, quando o ideal é mantê-los bastante simples. Revisar o seu resumo pode corrigir essas pequenas falhas e otimizar seu estudo.

Esse é um dos caminhos a se trilhar, não é o único, mas ao longo de minha experiência, têm funcionado e ajudado muitas pessoas em suas aprovações. Insisto, você deve descobrir qual o melhor método para você! Como você fica confortável ao estudar, às vezes ir à aula após já ter estudado profundamente a matéria pode ajudá-lo a sanar as dúvidas finais que ficaram etc. Antes de escolher a sua sequência de estudo, no entanto, tenha em mente que a boa preparação exige muito afinco e dedicação. Não necessariamente passar horas a fio estudando, mas estudar com qualidade. Você faz sua aprovação, comece já!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ACESSO À INFORMAÇÃO AP avalia legislação em 105 países

Mais de 5,3 bilhões de pessoas em mais de 100 países têm, legalmente, direito a receber informações sobre seus governos. Pelo menos esta é a promessa: nos últimos dez anos, leis de acesso à informação espalharam-se rapidamente pelo mundo. O problema é que, muitas vezes, em vez de serem uma ferramenta potente de estímulo à participação dos cidadãos na vida política e na exposição de casos de corrupção, elas simplesmente não funcionam. A agência de notícias Associated Press fez um teste e descobriu que, em mais da metade dos países que têm leis de acesso a informação, elas não são respeitadas.

Repórteres da AP testaram a premissa de que estas leis “refletem a crença básica de que a informação é poder e pertence ao público”. Durante uma semana, em janeiro, eles enviaram perguntas sobre prisões e condenações por terrorismo, avaliadas por especialistas, à União Europeia e aos 105 países que têm leis de direito à informação ou cláusulas constitucionais.

Os resultados:

** Apenas 14 países deram respostas completas no prazo estabelecido pela lei. Outros 38 forneceram informações com atraso à maior parte das questões da AP.

** Democracias mais jovens foram, em média, mais proativas que as mais antigas. A Guatemala, por exemplo, confirmou o pedido em 72 horas, e enviou todos os documentos solicitados em 10 dias. A Turquia enviou os dados em sete dias. O México postou as respostas na web. O Canadá, por sua vez, pediu uma extensão de 200 dias. O FBI, nos EUA, enviou um documento de uma página, contendo quatro datas, duas palavras e um grande trecho apagado, com seis meses de atraso.

** Mais da metade dos países (54) não revelou nenhum dado até o fim da pesquisa, 35 nem ao menos confirmaram o recebimento do pedido (entre eles o Brasil), e seis se recusaram a revelar informações, citando questões de segurança nacional. Dos países africanos, 11 dos 15 que receberam as perguntas não responderam.

** Alguns países adotaram leis de acesso à informação como condição para receber financiamento ou fazer parte de grupos internacionais. A China, por exemplo, mudou as regras como condição para se juntar à Organização de Comércio Mundial em 2001, e o Paquistão, por uma ajuda de US$ 1,4 bilhão do Fundo Monetário Internacional, em 2002. Nenhum dos dois países respondeu ao pedido da agência.

** Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, a maior parte da reação dos países não foi surpresa, como no caso da China (uma das maiores prisões para jornalistas) ou do Paquistão (onde falar a verdade pode colocar a vida de um jornalista em risco). Tampouco surpreendeu a burocracia americana: a AP teve que enviar cartas a seis unidades dos departamentos de Justiça e Segurança Nacional, além de uma troca de emails com o FBI seguida de 18 telefonemas.

** A maior surpresa foi o México. Segundo o CPJ, 27 jornalistas foram assassinados no país desde 1992, e a maior parte dos crimes continua impune; ataques à imprensa são comuns, principalmente vindos dos carteis de drogas. Mas, apesar do cenário pouco animador, a lei de acesso à informação do México costuma ser citada como modelo. Os pedidos podem ser anônimos, e todas as respostas são públicas. O sistema confirma o recebimento do pedido imediatamente e respostas completas chegam, em geral, no prazo de um mês

Sam Branson vai herdar a loucura do pai?

Ainda não está claro como Sam Branson está se preparando para assumir a Virgin, o grupo fundado por seu pai e que, hoje, atua em áreas como música, livros, aviação, telefonia celular e combustíveis.

Por enquanto, o herdeiro é visto mais circulando com celebridades de Hollywood e modelos, e curtindo a vida na ilha particular da família – nada mais natural para quem pode herdar 4,2 bilhões de dólares, a fortuna estimada de Richard Branson, segundo a Forbes.


O governo anunciou a liberação de R$ 12,1 bilhões para gastos adicionais até o fim do ano – R$ 11,9 bilhões para o Executivo e a diferença para os outros dois poderes. Essa verba foi liberada porque a arrecadação tem sido maior que a prevista, segundo relatório do Ministério do Planejamento sobre execução orçamentária. Analistas poderiam perguntar se não valeria reter esse dinheiro para reforçar o resultado fiscal. Mas a turma da reportagem foi um pouco mais fundo atrás de uma informação menos técnica e mais interessante politicamente: como será usado esse dinheiro extra?

A resposta apareceu no Estado de S.Paulo e na Folha de S.Paulo: a maior parte será usada para atender a interesses de senadores e deputados e garantir votos para projetos muito importantes para o Executivo. Um desses é o projeto de prorrogação da DRU, a Desvinculação de Receitas da União, um mecanismo usado para dar ao governo maior liberdade financeira.

A proposta de emenda constitucional sobre a DRU foi aprovada na Câmara em primeiro turno, mas os deputados ainda deverão votá-la mais uma vez. Se a aprovação se confirmar, o projeto será remetido ao Senado e ainda será necessário um truque regimental para se encerrar a tramitação até o fim do ano. O Executivo precisa disso para poder controlar no próximo ano uma verba adicional estimada entre R$ 60 bilhões e R$ 64 bilhões.

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Os dois jornais mencionaram as pressões dos parlamentares pela liberação de dinheiro para suas emendas. Recursos para essa finalidade são geralmente retidos quando há um bloqueio orçamentário, como houve neste ano. Essas emendas – em geral projetos de interesse paroquial e clientelístico – são especialmente importantes, neste e no próximo ano, por causa das eleições municipais de 2012. Estadão eFolha deram uma bela demonstração, nesse caso, de como ir além de uma cobertura burocrática.

Os jornais brilharam um pouco menos ao noticiar a nova elevação da nota do crédito soberano do Brasil pela agência Standard & Poor’s. Fizeram a costumeira repercussão, entrevistaram economistas do setor financeiro e até da própria agência, mas nenhum dos grandes apresentou um bom e organizado resumo da nota explicativa distribuída pela própria S&P.

Às vezes, cuidar do mais óbvio pode ser muito produtivo. A nota habitualmente publicada por essas agências é com frequência mais informativa que os comentários. Além de elogios, esses textos em geral apresentam ressalvas e recomendações. Alguns desses pontos foram citados pelos jornais, mas sem suficientes clareza e detalhe.

Estadãoe Folha apresentaram títulos parecidos na primeira página. “Em meio à crise, agência de risco eleva nota do Brasil”, informou o primeiro. “Em plena crise, agência de risco aumenta nota do Brasil”, noticiou aFolha. O Globo valorizou um detalhe mais curioso: “Agência que rebaixou EUA eleva o Brasil”. O Brasil Econômico também apelou para o contraste direto: “Europa derrete e nota do Brasil sobe”.

Medidas de crédito

As novas informações do Censo Demográfico de 2010, recém liberadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, também renderam material extenso. Todos os grandes jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro valorizaram mais ou menos os mesmos pontos – alguns dados positivos, como a redução da taxa de fecundidade e o maior acesso a bens de consumo duráveis, e alguns ainda muito ruins, como indicadores educacionais insatisfatórios e as deficiências dos serviços de saneamento.

De modo geral as matérias foram interessantes e transmitiram o essencial, mas alguns pontos poderiam ter sido mais explorados do ponto de vista econômico. Caberia, por exemplo, uma comparação dos padrões educacionais brasileiros com os de outros emergentes empenhados na competição internacional. Uma boa matéria deveria incluir, naturalmente, informações sobre políticas e prioridades na área da educação.

Na cobertura da estratégia anticrise do governo brasileiro, o Valor Econômico foi além dos concorrentes ao mostrar a participação da presidente Dilma Rousseff na mudança da política de crédito: “Dilma determinou o afrouxamento”, segundo a matéria principal do caderno de “Finanças” de quinta-feira (17/11). De acordo com a reportagem, ela se havia reunido na semana anterior, separadamente, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Nesses encontros, havia ordenado o “reequilíbrio” (a palavra foi citada entre aspas) das medidas de crédito adotadas neste ano.

A matéria menciona a insistência da presidente em afirmar a autonomia operacional do BC. Mas essa autonomia, se ainda existir mesmo, parece restrita às decisões sobre os juros. E as demais medidas de crédito? Essa pergunta não aparece explicitamente no texto, Mas é muito difícil chegar ao fim da leitura sem reavivar todas as dúvidas sobre o atual status da política monetária.

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conselho para concurseiros

Os conselhos de Damásio de Jesus para concurseiros

Para um dos nomes importantes do mercado de concursos no Brasil, concurseiro deve ter um diferencial – e isso inclui se vestir bem

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

estudar concurso

Por que é tão difícil ser aprovado em concurso público?
Conseguir aprovação requer muita dedicação, muito estudo e a superação de desafios
estudante - concurso publico

A aprovação em um concurso público é a realização para milhares de brasileiros. Exemplo disso é que, só no primeiro bimestre de 2010, o governo federal contratou 7.796 novos servidores, número que ultrapassa o registrado durante todo o ano de 2003 (7.220), segundo boletim estatístico do Ministério do Planejamento.

As ocupações e salários existentes no serviço público variam de acordo com o nível de escolaridade exigido para o desempenho do cargo – para aqueles cuja exigência é nível médio, os salários podem atingir R$ 2 mil; enquanto que para cargos com exigência de nível superior, as remunerações passam dos R$7 mil.

Entretanto, conseguir aprovação requer muita dedicação, muito estudo e a superação de desafios. Segundo a advogada Gisele Friso, nos concursos públicos em carreiras jurídicas de primeira linha (como magistratura, ministério público, defensorias, procuradorias, delegado de polícia, dentre outras), por exemplo, o número excessivo de matérias cobradas nas provas, assim como o nível de conhecimento, são as principais dificuldades para o candidato.


Foto: ThinkStock

"O nível de exigência está cada vez maior. Há concursos em que sobram vagas, pois o número de candidatos suficientemente preparados para aquele concurso, de acordo com as exigências, foi inferior ao número de vagas. Isso gera a sensação no candidato de ter sido derrotado por ele mesmo. Há pessoas que estudam oito horas por dia durante três anos e estão começando a passar para as segunda e terceira fases desses concursos", avalia a advogada.

Segundo Gisele, esta exigência é justificada pelo fato de que a busca por um emprego ou cargo público no Brasil é grande, pois, hoje, trabalhar para o Estado é atrativo, principalmente pelos altos vencimentos iniciais e pela estabilidade que se tem nessas carreiras. "Com um volume de candidatos muito grande - alguns desses concursos de primeira linha chegam a ter 15.000 para 200 vagas - é natural que o nível de exigência seja maior", explica.

Além disso, os concursos exigem disponibilidade de tempo e de recursos financeiros para a dedicação exclusiva aos estudos, dificultando as chances daqueles que precisam trabalhar ou que não têm a oportunidade financeira de pagar um curso preparatório. "É possível conciliar o emprego aos estudos, porém, muitos acabam desistindo em função do cansaço e até por conta do fator psicológico, já que o processo todo gera muita ansiedade no candidato, pois não há uma data final prevista. Não é como um curso superior, um mestrado ou um doutorado. Estudar para concurso público é um investimento a longo prazo, porém, sem data certa para término", pondera a advogada.

Para Gisele, o ideal é aliar a determinação à organização e à disciplina. A dica da advogada é estabelecer uma sistemática de estudos que se encaixe na rotina do candidato. "Cada um tem seu método. Já vi alunos que estudam em voz alta e gravam para, depois, escutarem no caminho para o trabalho, por exemplo. Ou ainda aqueles que fazem resumos ou simulações de provas", conta.


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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

crioterapia

Já faz tempo que Lyoto não sabe o que é ter uma contusão muscular. Um dos motivos é porque desde fevereiro o atleta faz crioterapia depois de todos os treinos, independente se é físico ou técnico.

A crioterapia é um tratamento que além de terapêutico, é também preventido, já que evita lesões. Com isso, depois de todo trabalho, Lyoto faz a a imersão do corpo em uma espécie de piscina de gelo, onde fica por um período de seis a oito minutos, com temperatura que varia de 8º a 10º C.

Segundo o fisiologista Erick Cavalcante, um dos 12 profissionais que acompanham Lyoto diariamente, esse trabalho faz com que o lutador fique mais rápido no treinamento seguinte, já que promove uma recuperação mais rápida da reserva de músculos, diminui inchaços e edemas musculares.

impresa)ReproduçãoLyoto Machida adota crioterapia para evitar lesões (Foto: Divulgação)

Corregedoria investiga enriquecimento de 62 magistrados

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DE SÃO PAULO

Hoje na FolhaO principal órgão encarregado de fiscalizar o Poder Judiciário decidiu examinar com mais atenção o patrimônio pessoal de juízes acusados de vender sentenças e enriquecer ilicitamente, informa reportagem de Frederico Vasconcelos e Flávio Ferreira, publicada na Folha desta segunda .

A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão ligado ao Conselho Nacional de Justiça, está fazendo um levantamento sigiloso sobre o patrimônio de 62 juízes atualmente sob investigação.

O trabalho amplia de forma significativa o alcance das investigações conduzidas pelos corregedores do CNJ, cuja atuação se tornou objeto de grande controvérsia nos últimos meses.

Associações de juízes acusaram o CNJ de abusar dos seus poderes e recorreram ao Supremo Tribunal Federal para impor limites à sua atuação. O Supremo ainda não decidiu a questão.

Leia mais na edição da Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.


Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

bicos ajuda no orçamento


Por volta de 266 mil professores da educação básica do país possuem uma segunda ocupação fora do ensino, um "bico", aponta estudo apresentado no mês passado pelos pesquisadores da USP Thiago Alves e José Marcelino de Rezende Pinto.

A informação é da reportagem de Fábio Takahashi e Elton Bezerra publicada na edição desta segunda-feira da Folha. A reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

Os professores com segunda ocupação representam 10,5% do magistério nacional, índice bem acima do da população brasileira (3,5% têm outro trabalho). O estudo usa a Pnad-IBGE e o Censo Escolar-MEC, ambos de 2009, e abrange as redes privada e pública.

Alguns dos mais frequentes "bicos" dos docentes são os de vendedores em lojas e os de funcionários em serviços de embelezamento.

Para os autores do estudo, a maior incidência do "bico" entre os professores está relacionada aos baixos salários.

Tanto o Ministério da Educação quanto os secretários estaduais admitem que os salários dos professores estão longe do ideal. Afirmam, porém, que têm melhorado.

O Sindicato dos Professores em Educação Pública do Pará (Sintepp) decide hoje em assembleia se encerra ou continua a greve dos professores. A reunião acontece às 7h, no Centro Social de Nazaré, após a decisão do juiz Elder Lisboa Ferreira, titular da 1º Vara de Fazenda da Capital - que determinou, na última sexta-feira, o retorno imediato da categoria ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 25 mil.

“Convocamos os professores e esperamos uma quantidade representativa da categoria para que possamos votar sobre o retorno ou não aos trabalhos”, explicou Williams Silva, coordenador estadual do Sintepp.

A decisão sairá da assembleia, mas Williams adianta que “pela tradição da categoria, vamos continuar a greve, independentemente da vontade do juiz ou do governador do Estado”, enfatiza. E completa: “Qualquer decisão tomada pela Justiça, o sindicato irá recorrer da sentença”.

Segundo a decisão do juiz, o governo do Estado não descontará os dias parados e pagará o valor do piso nacional dos professores em até 12 meses, a contar de 1º de janeiro de 2012.

A decisão não agradou aos professores. “Não é possível que o Estado não possa aumentar o valor de R$1.121 para R$1.187, é apenas R$ 64 de aumento”, questiona Williams Silva.

“A decisão do TJE primou pelo bom-senso e respeitou a incapacidade do Estado de arcar com o pagamento imediato do novo piso”, avaliou a secretária de Estado de Administração, Alice Viana.

O secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, afirma que a decisão da Justiça será cumprida em tudo o que determina. “O Estado vai cumprir a sentença. Vamos, agora, discutir um prazo para a reposição das aulas, levando em consideração o mínimo de 200 dias letivos anuais estabelecidos pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases)”, afirmou o secretário.

A sentença também determina que o Sintepp terá 10 dias para elaborar um calendário de reposição das aulas perdidas durante a greve.

regime militar no Uruguai

Aos 71 anos de idade, a ex-militante do Partido Comunista, Leonor Albagli, vai declarar pela primeira vez à Justiça contra os crimes de tortura que sofreu durante o regime militar uruguaio (1973-1985).

"Será a primeira vez que irei à Justiça por vontade própria", disse à BBC Brasil.

Sua audiência está prevista para esta semana, na capital uruguaia. A história de Algagli comove até seus colegas e ex-presos políticos, como Clavel de los Santos. "Foi terrível o que ela viveu", disse ele.

Somente agora, trinta e seis anos depois, a ex-militante decidiu revelar os detalhes das torturas a que foi submetida nas duas vezes em que esteve presa pelos militares, de forma clandestina, entre galpões, prisões e um período num calabouço.

"Eu decidi falar quando soube que os crimes poderiam prescrever no dia primeiro de novembro. Acho que não pode haver perdão para o que fizeram", afirmou. Solteira e sem filhos, ela disse que "muita gente no Uruguai" desconhece que foram realizadas torturas contra os presos políticos naquela época.

Em entrevista à BBC Brasil, Albagli recordou que estava em casa com a mãe e a irmã quando soldados armados invadiram o local, revisaram armários e livros e a levaram com olhos vendados.

A detenção ocorreu em novembro de 1975 e durante nove meses, disse, até agosto de 1976, foi submetida a diferentes práticas de tortura, incluindo choques elétricos.

'Táticas de guerra'

Em 1977, ela foi presa novamente e passou seis anos sendo submetida a novas sessões de choques elétricos, entre outras formas de tortura que às vezes, recordou, só terminavam quando um médico dizia que era o momento de parar ou que ela poderia morrer, como aconteceu com ex-colegas de prisão e militantes.

Albagli contou que passou frio e fome e que foi submetida a "táticas de guerra" como quando mergulhavam sua cabeça num balde com excremento e só a tiravam quando já quase não podia respirar.

"O submarino (o mergulho no balde) era uma das táticas deles. Também passei dias seguidos com olhos vendados e fui submetida a choques elétricos em todo o meu corpo, incluindo meus (órgãos) genitais. Quando eu estava comendo, com olhos vendados, eles me davam socos no estômago. Muitas vezes, me deixavam nua e me apalpavam, sem escrúpulos", contou.

Ela disse que somente uma vez um médico falou aos militares que ela não aguentaria mais as torturas e a internou num hospital militar. "Mas depois me tiraram de lá e as torturas foram reiniciadas", disse.

Na prisão, recordou, não a deixavam tomar banho e a chamavam de "suja e judia". "Uma vez, me deixaram tomar banho e quando pedi uma toalha ligaram o ventilador para eu me secar. Eles não queriam nos machucar, eles queriam nos destruir", disse.

Ela e outros presos foram levados a uma espécie de julgamento onde os militares revelavam o que os outros tinham dito nas sessões de tortura. "Uma forma de nos jogar uns contra os outros."

A tortura a deixou com problemas na coluna e uma gastrite. A previsão é que Albagli e outros ex-presos também realizem, nos próximos dias, exames clínicos e psiquiátricos para que os médicos do Instituto Técnico Forense avaliem as consequências do que sofreram.

"Não me arrependo de nada do que fiz. Pela democracia e contra o autoritarismo, teria feito tudo de novo. Não tenho sonhos ou pesadelos com aqueles dias. Mas a vida durante aquele período (de torturas) e depois não foi fácil", afirmou.

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bicos

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

profissões substimadas no Brasil

Estatística

O mercado de trabalho para estatísticos é amplo e só tende a crescer. O profissional além de atuar em bancos e instituições financeiras como analista de crédito, pode trabalhar em indústrias, no setor de contabilidade. Há espaço na carreira pública também.

Interpretação de dados numéricos é essencial para a criação de banco de dados ou tabelas para sistematizar resultados de pesquisas.
A última relação candidato/vaga da FUVEST em 2010 foi de 4.9.

De acordo com o Conselho Regional de Estatística 3ª Região – SP-PR-MT-MS o salário inicial, em São Paulo, varia de 2,5 mil a 4 mil reais. Em um cargo gerencial, a remuneração fica entre 5 mil a 12 mil reais. A relação candidato/vaga da FUVEST no ano passado foi de apenas 4.9.

Ciências Contábeis

A facilidade com os números, uma característica essencial, nem sempre levam as pessoas a escolherem o curso de ciências contábeis. Pesquisa global divulgada pela Robert Half no primeiro semestre deste ano mostra que 54% dos executivos brasileiros pretendem aumentar as suas equipes e contratar profissionais da área de Finanças e Contabilidade.

O crescimento e a expansão das empresas brasileiras comprova o bom momento no mercado de trabalho. Além da auditoria e das perícias contábeis, o profissional pode ajudar a traçar planos de investimento da empresa.

A remuneração inicial de um analista contábil de uma empresa de pequeno a médio porte, de acordo com atabela de salários, é de 1.5 a 3 mil reais.

Geologia

A geologia é erroneamente associada ao profissional que lida somente com rochas. Na verdade, o profissional tem a oportunidade de atuar no ramo de engenharia geológica, geofísica, geologia ambiental, geologia forense, geologia do petróleo, hidrogeologia e mineralogia.

De acordo com o Sindicato dos Geólogos no Estado de São Paulo o piso salarial de um geólogo é de 3.270 mil reais. Com dois anos de formado, o valor do piso sobe para 4.760 mil reais.

As oportunidades não param por aí, os concursos também oferecem um salário atraente para esse profissional.

Informática Biomédica

Além de criar softwares para aperfeiçoar o trabalho em clínicas médicas, hospitais e centros de pesquisa, o profissional com bacharel em Informática Biomédica pode trabalhar com banco de dados e criação de equipamentos para melhoria do atendimento, por exemplo.

É uma área que engloba a Ciência da Computação, as Ciências Biológicas e as Ciências da Saúde e com o aumento da necessidade de rapidez nos prontuários médicos, o profissional pode até abrir uma empresa própria para criar seus próprios softwares médicos.

A relação candidato/vaga da FUVEST de 2011 para o curso é de 4,7.

Gestão Ambiental

Com a crescente preocupação com a preservação dos recursos naturais do planeta e da biodiversidade, o profissional que se forma em bacharel ou técnico em Gestão Ambiental tem um amplo mercado à sua frente.

Desde definir a política ambiental de uma empresa, que para trabalhar com exportação precisa ter a certificação ISSO 14.000 - documento que comprova o cumprimento de normas de gestão ambiental a trabalhar no planejamento de recuperação de áreas devastadas.

O profissional é preparado para elaborar e gerenciar projetos ambientais no setor privado, entidades públicas e até escolas. É indiscutível que o mercado só tende a crescer. No ano passado, a relação candidato/vaga para o vestibular da USP foi de 5.98.

Turismo

De acordo com o Ministério do Turismo, em 2010, 5,1 milhões de turistas estrangeiros vieram ao Brasil. Para 2011 a previsão é de que até dezembro chegue a 5,4 milhões, recorde histórico. A Copa do Mundo e as Olímpiadas no Brasil prometem aquecer ainda mais, o já aquecido mercado de trabalho para o profissional do turismo.

O turismólogo não cuida somente do planejamento de viagens. Seja bacharel ou tecnólogo, o turismólogo pode atuar em cargos de gerência e coordenação em hotéis. Além de trabalhar na área de marketing, ecoturismo, planejamento e turismo de negócios.

A profissão ainda não é regulamentada, por isso, de acordo com a Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo, o salário é regido de acordo com a ocupação. Os turismólogos que atuam como consultores são remunerados por hora, que varia de 70 a 120 reais a hora.

Fonoaudiologia

É uma daquelas profissões que transformam a vida das pessoas. Já pensou como seria se você não soubesse mastigar ou falar? Fora dos consultórios, o profissional é indispensável no ambiente hospitalar, auxiliando pacientes após uma cirurgia na cabeça ou pescoço, por exemplo, a se comunicarem e a retomarem com a função de deglutição.

Atua em parceria com fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, neurologistas e psicólogos. Cuida também de questões como vícios de mastigação e pode orientar locutores, atores a melhorarem na pronúncia das palavras.

O piso salarial de acordo com o Sindicato dos Fonoaudiólogos do Rio de Janeiro é de 1.630,99 mil reais.