Ano de eleições 2014 de politicos que querem ganhar bem e garantir uma aposentadoria milionaria com negócios politicos , então se movimentam fazendo mil promessas de profetas:


asfaltos de ruas, novas vias, novas casas, novos hospitais, aumentos de seguranças,escolas, nisso o convencimmentos na imagem mostram mais fotos do que projetos e propostas:



Quem trabalha em uma campanha política costuma dizer que há duas grandes vantagens nesse mercado: a primeira é que há muito dinheiro para quem desempenha bem, e a segunda é que tem data para acabar. Isso porque as atividades e a agenda são tão exaustivas que não são raras as crises conjugais e os problemas de saúde para quem se aventura nesse campo.
Isnaria Souza vive em uma das muitas favelas no Rio, e eles vão enviar seus votos no domingo. No Brasil há eletivo.


“Sempre que entro em uma campanha, minha mulher vira viúva de marido vivo”, afirma o experiente Sergio Kobayashi, jornalista de 57 anos, que já trabalhou para políticos como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Gilberto Kassab.

E ele não está exagerando. Nos meses que antecedem uma eleição, o ritmo diário é tão frenético que fins de semanae feriados são desconsiderados. “É preciso ficar ligado noite e dia, acompanhando cada notícia que sai do candidato e também dos concorrentes”, diz Sergio.

A promessa de ganhos polpudos nesse período é um dos grandes incentivos para entrar na área. Quem já está dentro desse mercado diz que a remuneração varia em função do orçamento da campanha, da importância do cargo e do grau de disponibilidade do profissional. Mas dá para ter uma ideia dos valores.

“Em São Paulo, a cidade com os salários mais altos, o funcionário mais raso, que distribui papel na rua, ganha, em média, 3.000 reais por mês”, afirma Sergio. Um bom coordenador, por sua vez, pode ganhar até 3 milhões de reais. Mas também há o perigo de calotes, quando o candidato não se elege. Apesar dos riscos, as campanhas políticas são um mercado crescente, que está em fase de amadurecimento e carece de mão de obra especializada.
Novatos na política
Prova disso é a quantidade de cursos de especialização e MBA em marketing político, criados a cada ano nas universidades brasileiras. Como não há empresas de recrutamento especializadas em contratar para esse processo, participar de um desses cursos é uma boa forma de entrar nesse mercado, em que as oportunidades costumam aparecer por meio de networking mais do que em qualquer outra área.

E é cada vez maior a variedade das carreiras envolvidas nas campanhas. “Há desde advogadosespecialistas em direito eleitoral, que analisam a propaganda dos concorrentes para avaliar se há possibilidade de direito de resposta, até filósofos, que conseguem fazer uma análise política e social mais embasada”, diz Vera Chaia, coordenadora do curso de extensão em marketing político da PUC de São Paulo.
Uma profissional que conseguiu um lugar ao sol num território ainda dominado por jornalistas, publicitários e cientistas políticos foi a psicóloga mineira Fernanda Rodrigues da Silva, de 32 anos. Desde 2012, ela atua em campanhas do interior de Minas Gerais. Suas atividades incluem um trabalho motivacional com as equipes de militantes e serviço de coaching para os candidatos.

Favela no Rio: Os salários mínimos são mais elevados, o desemprego é baixo, uma vez que o PT está no poder. Mas milhões ainda vivem em condições precárias.
Antes disso, Fernanda dava consultoria a empresas. “Vi que meus conhecimentos poderiam ser úteis para políticos e fui oferecê-los aos partidos da região”, diz. Valeu a pena. “Ganho praticamente o dobro com os serviços que presto agora.”
São muitas as oportunidades para os profissionais que atuam nos bastidores ajudando a construir a imagem do candidato. Contratam-se diretores de cinema, editores de vídeo e roteiristas para escrever os programas que vão ao ar durante a propaganda obrigatória. Também há vagas para modelos e atores.
“São castings de pessoas que parecem comuns”, diz Paulo Henrique, diretor da PHM Produções, de São Paulo, produtora que já forneceu artistas para 18 campanhas. Figurantes ganham um cachê menor, mas quem tem falas recebe de 500 a 10.000 reais.
“É como o marketing de um produto. Quando uma empresa vai lançar uma marca nova de xampu, ela faz propaganda”, diz Sergio Kobayashi. “A diferença aqui é que o produto é uma pessoa”, diz o jornalista.
Uma pessoa, aliás, que pode ser melhorada, segundo o cientista social paulistano Gabriel Rossi, de 35 anos, que se especializou em marketing político e há quatro anos atua na área. “A primeira parte é entender em que arquétipo político a pessoa se encaixa: o pai, o líder charmoso, o herói ou o homem simples, que veio do povo”, afirma.
Isso ele descobre por meio de uma pesquisa qualitativa — feita por institutos de pesquisa especializados para saber o que a população daquela região quer. Com base no resultado, Gabriel faz um trabalho de adequação do candidato, que vai desde a indicação de um tratamento dentário ou de cirurgias plásticas, para atenuar marcas de expressão, até mudanças no guarda-roupa ou no corte de cabelo.
Algo parecido com o que foi feito em 2010, quando o cabeleireiro Celso Kamura, que cuida das madeixas da atual presidente, mudou o tom do cabelo de Dilma e aparou as laterais, “que engordavam o rosto dela”.A expectativa é que, a partir da próxima terça-feira, 28, quando há sessão ordinária na Assembleia Legislativa, seja instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito, apresentada desde o dia 14 de outubro pelo deputado Carlos Bordalo (PT) à presidência da casa, e que se propõe a investigar os indícios de corrupção envolvendo o fisco estadual protagonizados por Izabela Jatene, filha do governador Simão Jatene (PSDB), e pelo subsecretário da Fazenda, Nilo Noronha, ainda no início do atual mandato tucano.
De lá até o dia em que entregou o requerimento à mesa diretora, o petista conseguiu o mínimo de assinaturas exigido pelo regimento interno da AL - um total de 14, o equivalente a 1/5 da quantidade dos 41 deputados em atuação -, e quase que imediatamente o presidente oficiou os cinco partidos com maior número de deputados ocupando cadeiras na Assembleia Legislativa a indicar seus representantes. Vale lembrar que não há nenhuma CPI em andamento na casa, o que não deixa outro entendimento que não o de estar havendo uma falta de boa vontade política para fazer a investigação começar a andar.
Dos cinco partidos convocados a indicar seus representantes, três, sendo eles PMDB, PT e DEM, já o fizeram. Se os outros dois (PSDB e PSD), componentes da bancada aliada ao governador, e portanto nada interessados em contribuir para a celeridade do processo, continuarem se esquivando, acaba nessa data o prazo para que isso seja feito espontaneamente, ficando nas mãos do presidente, Márcio Miranda (DEM) a nomeação.
Se essa for a atitude de Miranda, as duas siglas podem ainda não concordar com as indicações feitas e dar a vez para outros dois partidos, na ordem decrescente de representatividade parlamentar.
O deputado Carlos Bordalo, propositor da CPI, já falou em mais de uma ocasião sobre suas expectativas de que o Legislativo sobreponha sua missão de esclarecer os fatos à disputa eleitoral, bem como outros deputados das bancadas de oposição, como o próprio PT, o PMDB e o PSOL.
Bordalo apresentou o requerimento à casa no dia 23 de setembro, há pouco mais um mês, motivado pela denúncia feita na edição do dia 21 do mesmo mês pelo DIÁRIO mostrando Izabela Jatene e o subsecretário do Fisco Estadual, Nilo Noronha, flagrados por um grampo telefônico feito pela Polícia Civil em 2011, e autorizado judicialmente, em um diálogo no mínimo suspeito, em que ela, já coordenadora do Pró-Paz, pede a ele que lhe envie para seu e-mail pessoal a lista com as 300 maiores empresas do Estado para que ela possa “buscar esse dinheirinho deles”.
Já estão em poder do Ministério Público Estadual os contratos assinados entre a distribuidora de combustíveis Equador e a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para abastecimento da frota de veículos dos dois órgãos públicos. Os contratos serão auditados por equipes do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção.
A Distribuidora Equador de Produtos de Petróleo foi contratada pelo Estado após vencer uma tomada de preços para o fornecimento de combustíveis. Pelo contrato, a empresa emite cartões (batizados de Petrocard) que são usados na rede credenciada. O Estado paga à Equador, que repassa o dinheiro aos postos. Entre os credenciados estão estabelecimentos que pertencem a Alberto (Beto) Lima da Silva Jatene, filho do governador do Pará, Simão Jatene.
O procurador Nelson Medrado e o promotor militar Armando Brasil, que comandam as investigações, não falam sobre o andamento do trabalho, mas fontes da própria Polícia Militar afirma que há fortes indícios de favorecimento aos postos de Beto Jatene, filho do governador Simão Jatene. Dados prévios mostram que, de 2011 para cá, os estabelecimentos do filho do governador podem ter faturado mais de R$ 20 milhões com as vendas à PM e ao Corpo de Bombeiros.
CERTIDÕES
CERTIDÕES
No programa eleitoral, o candidato Simão Jatene chegou a negar que os postos fossem propriedade do filho, mas não negou a relação de Beto com o abastecimento de carros do estado. De acordo com a propaganda eleitoral, Beto teria “apenas arrendado” os estabelecimentos. Mas não é o que revelam documentos da Junta Comercial do Pará (Jucepa), cujas cópias estão em poder do DIÁRIO.
Entre esses documentos há, por exemplo, o que trata da alteração contratual do Posto Girassol Ltda. Nele, há o registro da entrada de novos sócios, entre eles Beto Jatene. O documento é de 1º de março de 2011, exatamente dois meses após o pai do empresário ter assumido o governo do Estado.
Mesmo com a intermediação da distribuidora Equador, não vai ser fácil para o atual governo explicar o favorecimento aos postos do filho do governador. Afinal, é difícil aceitar que, entre tantos estabelecimentos tradicionais no Estado, a Equador, empresa que, segundo registros, tem origem em Pernambuco, tenha escolhido credenciar os postos do filho de Jatene e supostamente sem qualquer interferência do alto escalão do governo.
Caso fique comprovado favorecimento apontado nos contratos já em análise, os responsáveis pelo contrato poderão ser indiciados por crime de improbidade administrativa e podem ter que devolver os recursos consumidos no negócio para os cofres públicos.
NEGÓCIOS COM O DINHEIRO PÚBLICO
NEGÓCIOS COM O DINHEIRO PÚBLICO
Beto Jatene começou a atuar no mercado de combustíveis em 2006, ainda no primeiro mandato do pai, Simão Jatene. O primeiro posto comprado por ele foi o Verdão (travessa Doutor Freitas, 1546, bairro da Pedreira). Nos documentos em poder do DIÁRIO, o Verdão aparece na lista de estabelecimentos onde os carros do governo abastecem, entre eles, os da PM e dos Bombeiros.
Nessa operação, a transferência de capital do Verdão para Alberto Jatene e mais três sócios teria custado R$ 25 mil, enquanto a receita líquida do Verdão naquele ano foi de R$ 7,9 milhões. Em abril de 2012, após várias alterações contratuais e já no segundo governo Jatene, o Verdão passou a pertencer a apenas dois sócios: Beto Jatene e Eduardo Simões Araújo. O segundo posto de Beto foi o Umarizal (Jerônimo Pimentel, 651, Umarizal), adquirido em março de 2007, três meses depois que o governador Jatene deixou o governo. A transferência de quotas do posto Umarizal custou R$ 80 mil. O capital ficou dividido entre Eduardo Araújo (R$ 26.400); Beto Jatene (26.800) e Ricardo Augusto Garcia de Souza, (R$ 26.800). Ricardo é marido de Izabela Jatene, a outra filha do governador. Segundo o Serasa, o Umarizal fatura R$ 8,9 milhões anuais.
O terceiro posto, o Girassol, na Augusto Montenegro, foi comprado em março de 2011. A transferência de quotas para três sócios teria ficado em apenas R$ 50 mil, apesar do faturamento estimado em R$ 3,8 milhões anuais. Em 16 de novembro de 2012, o Girassol passou a pertencer apenas a Beto Jatene (com R$ 16.665 das quotas) e Eduardo Simões Araújo (R$ 33.33Em 2007, quando foi feito pelo Ministério Público o primeiro levantamento da série, o Governo do Estado transferiu, para 798 entidades, a importância de R$ 191,9 milhões. O número de entidades beneficiadas cresceu muito nos dois anos seguintes, chegando a 1.234 em 2008 e 1.244 em 2009. Os valores repassados também cresceram no período, mas guardando relativa proporcionalidade. Foram R$ 281,3 milhões em 2008 e R$ 293,1 milhões em 2009.
Com o aperto da fiscalização exercida pelo MPE, a consequência foi o fechamento de centenas dessas organizações. Que, de 1.244 em 2009, caíram para 847 em 2010, para 439 em 2011, para 343 em 2012 e para 291 em 2013. Curiosamente, conforme observou o promotor Sávio Brabo, os valores dos repasses seguiram uma trajetória inversa e se mantiveram no período em crescimento contínuo. Foram R$ 353,2 milhões em 2010, R$ 347,3 milhões em 2011, R$ 406,7 milhões em 2011 e R$ 469 milhões no ano passado.
A situação não é muito diferente na Prefeitura Municipal de Belém, conforme indica levantamento relativo aos anos de 2009 a 2013. Trata-se de levantamento limitado, visto que a Promotoria de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social somente conseguiu acesso aos dados há pouco tempo. E ainda assim, somente depois de abrir procedimento contra a prefeitura, a fim de obriga-la a cumprir a legislação da transparência. Antes disso, nem o Ministério Público tinha acesso às informações – e aí pode-se imaginar o que ocorria ao cidadão comum.
Entre 2009 e 2013, a PMB repassou recursos públicos do município a 274 instituições privadas sem fins lucrativos, por meio de subvenções, totalizando nesse período transferências no montante de R$ 14,7 milhões. As entidades beneficiadas, que eram 57 em 2009, estavam reduzidas a 46 no ano passado. O repasse de maior valor – R$ 4,8 milhões – ocorreu, sugestivamente, no ano eleitoral de 2010. O segundo valor mais alto foi o do ano passado, de R$ 3,4 milhões, o primeiro da gestão de Zenaldo Coutinho.
Para o promotor Sávio Brabo, deve haver algo mais do que mera coincidência no crescimento de valores em anos eleitorais, o que aponta para evidências muito fortes da formação de caixa dois para gastos de campanha. No caso específico de Belém, o promotor observou que os investimentos são direcionados fortemente para a área de educação, contemplando em especial as associações mantenedoras de creches. Tal como acontece no Estado, repete-se aqui a terceirização de responsabilidade, agora com a educação básica. O resultado, já conhecido, são os números pífios que dão a Belém uma posição humilhante no ranking nacional do Ideb.Foram inúmeras as denúncias recebidas pelo jornal. No município de Igarapé Miri, região do Baixo Tocantins, por exemplo, sob a coordenação do deputado tucano Ítalo Mácola, as informações eram de que cerca de mil pessoas receberiam os cheques dia 22. A distribuição ocorreu na escola Professor Manoel Antonio de Castro, em frente à delegacia da cidade.
Mácola, que não conseguiu se reeleger deputado estadual, tem estreita ligação com o prefeito cassado Aílson Santa Maria do Amaral (DEM), mais conhecido como “Pé de Boto”, aliado de primeira hora do recandidato Simão Jatene e coordenador da campanha do PSDB na região. “Pé de Boto” foi afastado do cargo sob denúncias de fraudes em processos licitatórios na prefeitura municipal, tráfico de drogas e até de participação em grupos de extermínio.
O cadastramento das pessoas e a entrega dos cheques foi feito pelos professores Duval (diretor da escola) e Eliana (secretária do PSDB no município), e por Dilza Pantoja, ex-prefeita de Igarapé Miri, condenada por improbidade administrativa e hoje respondendo a processo na vara federal penal. No domingo passado o DIÁRIO mostrou que uso eleitoreiro do Cheque Moradia, que deveria melhorar a vida da população através da construção, ampliação ou melhoria das casas dos beneficiários, contaminou por completo o programa. Em Ponta de Pedras o programa ludibriou centenas de famílias e frustrou o sonho da casa própria.
O governador Simão Jatene e a sua correligionária e prefeita de Pontas de Pedras, Consuelo Castro (PSDB) entregou dezenas de Cheques Moradia a famílias carentes da cidade no valor de R$ 846. Hoje, seis meses depois, várias famílias denunciaram várias irregularidades cometidas pelo governo do Estado, através da Companhia de Habitação do Pará (Cohab) que, além de não construir e reformar ainda sumiu com a maior parte do material que deveria ser utilizado nas obras das residências.
FORA DE CONTROLE
FORA DE CONTROLE
Na verdade acabou por se revelar um grande esquema onde intermediários recolhiam os cheques dos beneficiários após os mesmos terem sido distribuídos e os repassavam para a prefeitura que, de maneira totalmente ilegal, acabou por repassar parte do material fornecido, comprado na empresa Quaresma Construções e Comércio, localizada na Estrada da Providência, na Cidade Nova II, em Ananindeua.
O DIÁRIO recebeu a informação que do total de cheques entregues, a maioria ficou com a prefeita e o restante com o vice-prefeito, que é dono de uma estância no município, caindo por terra a alegação da prefeitura de que não existiam empresas capazes de trocar o cheque em Ponta de Pedras. Como não receberam o combinado, a maioria dos beneficiários acabou vendendo o pouco material recebido por um valor bem abaixo do mercado.
Lideranças comunitárias também estão se aproveitando de famílias que solicitam o cadastramento no Cheque Moradia para garantir nos seus bolsos uma boa quantidade em dinheiro que vem nas parcelas do cheque. Alguns deles estariam cobrando até R$ 2 mil de comissão. As famílias que aderem ao pagamento do líder recebem o cheque quase que imediatamente, enquanto o restante que se nega a pagar aguarda há mais de um ano pelo benefício. Muitas pessoas foram surpreendidas no momento em que receberam o cheque, já que algumas não sabiam que deveriam fazer o pagamento dessa quantia. Quando ficam sabendo que a pessoa está indo receber o cheque as “lideranças” ficam na porta da Cohab aguardando para fazer a cobrança.
Redes sociais e internet
Esses pontos parecem detalhes, mas podem fazer a diferença. Sobretudo numa era em que a internet e as redes sociais ganharam um papel crucial nos pleitos, colocando uma lente de aumento sobre os erros e os acertos dos candidatos. O resultado é que a demanda por profissionais de tecnologia da informação está em expansão — e para serviços cada vez mais diversos.
Um dos representantes da categoria na área política é o especialista em segurança de dadosEduardo Bernuy Lopes, de 29 anos, que começou a trabalhar em campanhas em 2006, depois de prestar serviços para empresas públicas. Sua função é evitar que os sites das coligações sejam derrubados ou atacados por hackers.
Segundo ele, a principal diferença entre atuar em empresas privadas ou numa corrida eleitoral está na carga de trabalho. “Como as campanhas acontecem num período determinado de tempo, tudo é mais intenso”, diz ele.
Apesar de achar que os valores pagos compensam esse grau de exigência, Eduardo dá uma dica para quem planeja atuar nas próximas eleições, em 2016. “Há candidatos que, em vez de pagamento, oferecem vantagens futuras caso sejam eleitos. Fuja desse tipo de situação”, afirma.
Como é eleito um deputado?
presentantes para o poder Executivo, cargos como os de presidente da República e governador, é feita pelo sistema majoritário, baseado em uma conta simples: quem tiver mais votos ganha. Nas eleições para deputado federal, estadual e distrital, no entanto, o sistema é o proporcional, uma forma de escolha que possibilita a eleição de um candidato com poucos votos, enquanto um nome bem votado pode ficar fora do parlamento. Abaixo, entenda como funcionam as eleições proporcionais e saiba onde pode parar o seu voto:
Em quem o eleitor vota?
Cada eleitor vota em um candidato a deputado federal e outro a deputado estadual (ou distrital, se morar no Distrito Federal). Os deputados eleitos não são necessariamente os que têm mais votos, já que a definição passa pelo cálculo de dois números: o quociente partidário e o eleitoral.
Como se calcula quem ganha as eleições?
Primeiro, o total de votos válidos dos eleitores é dividido pelo número de vagas. Este é o chamado quociente eleitoral – ou seja, quanto cada partido ou coligação precisaria de votos para eleger um deputado. Por exemplo: em um estado com dois milhões de votos válidos e vinte vagas para a Assembleia Legislativa, o quociente eleitoral será de 100 mil.
Depois, os votos de cada partido ou coligação são divididos pelo quociente eleitoral. Se, no mesmo estado hipotético acima, um partido tiver 400 mil votos, ele irá eleger quatro deputados. Por fim, os quatro deputados mais bem votados do partido ou coligação serão eleitos.
Este sistema causa distorções?
Sim, pois candidatos com muitos votos podem não ser eleitos. Outros, com poucos votos, podem ganhar uma vaga.
Na última eleição, a hoje presidenciável Luciana Genro (PSOL) recebeu 129,5 mil votos para deputado federal pelo Rio Grande do Sul, sendo a oitava mais votada no estado. Genro não conseguiu um lugar entre os 31 deputados do estado, no entanto, e se tornou a candidata mais bem votada do País a não obter uma vaga. Isso ocorreu porque o PSOL não conseguiu atingir o quociente eleitoral do estado, e ficou sem vagas.
Também em 2010, Jean Wyllys (colunista de CartaCapital) foi beneficiado pelo mesmo sistema que prejudicou sua colega de partido. Com 13 mil votos, Wyllys se tornou o deputado federal eleito com a menor proporção de votos do País. O psolista ganhou uma vaga na Câmara graças à votação do seu colega Chico Alencar (PSOL-RJ), que teve 240 mil apoiadores. Com os votos de Alencar, Wyllys e outros, o PSOL-RJ teve direito a duas vagas na Câmara. Como Wyllys foi o segundo mais votado do partido, teve direito a essa vaga.
O que é um puxador de votos?
É um deputado que ajuda a eleger outros do seu partido com uma grande votação. Tiririca (PR-SP), por exemplo, recebeu 1,3 milhão de votos na última eleição, um valor bem acima do necessário para ser eleito. Com isso, conseguiu levar à Câmara mais três candidatos de sua coligação.
O efeito dos puxadores, porém, costuma ser hipervalorizado. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) mostra que apenas 35 dos 513 deputados federais foram eleitos somente com seus próprios votos. Isso significa que conta mais o conjunto de votos nos candidatos do partido do que o efeito de grandes puxadores de votos.
O que é o voto em legenda?
É o voto dado a um partido, e não a um candidato. O eleitor pode escolher votar numa legenda e, desta forma, ajudá-la sem escolher um candidato em específico. Este voto conta para o partido, ou coligação, chegar ao quociente eleitoral.
O que é um suplente?
Se um deputado sai do seu cargo, o primeiro candidato mais votado da coligação assume a vaga. Geralmente a saída do cargo ocorre quando um parlamentar assume ministérios, secretarias ou o Executivo. Apenas em 2013, devido à posse de prefeitos e secretários, 17 deputados suplentes assumiram os mandatos na Câmara no início do ano.
É possível saber quem meu voto está ajudando?
Sim. Deve-se levar em conta os candidatos do partido ou da coligação em que se está votando. Em 2014, por exemplo, o eleitor de São Paulo que votar em um candidato do PT pode ajudar a eleger nomes do PCdoB, porque os dois partidos fizeram uma coligação no estado. Da mesma forma, o eleitor paulista que votar em um candidato do PSDB pode ajudar a eleger nomes do DEM e do PPS, coligados com os tucanos.
Em Minas Gerais, a situação é diferente. O eleitor que votar em um candidato a deputado federal do PT estará ajudando a eleger nomes de toda a coligação: PMDB, PCdoB, PROS e PRB. O eleitor de Minas que apostar em um deputado federal tucano, por sua vez, pode ajudar a eleger candidatos de outros 13 partidos, todos da coligação encabeçada pelos tucanos: PP, DEM, PSD, PTB, PPS, PV, PDT, PR, PMN, PSC, PSL, PTC e SD.
Todas as coligações proporcionais por estado podem ser verificadas no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Quantos votos um partido precisa para eleger um deputado?
Depende. Este número varia conforme o número de eleitores do estado, o número de vagas, abstenção dos eleitores e votos que foram anulados. Segundo dados do TSE, nas últimas eleições o maior quociente eleitoral foi em São Paulo. Para eleger um deputado federal, o partido ou coligação teve de alcançar 314.909 votos. Para conseguir um deputado estadual, precisou de 230.585 votos.
Os menores quocientes em 2010 foram os de Roraima, onde os partidos tiveram de somar 27.837 votos para eleger um deputado federal e 9.370 para eleger um estadual.
Um senador é eleito da mesma forma?
Não. Um senador é eleito por voto direto. Caso ele saia do cargo, quem assume é um suplente que foi eleito junto com ele. Os suplentes de cada candidato também podem ser checados no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Quais as alternativas para isso?
O sistema proporcional vigente hoje é alvo de diversas críticas, mas há grande variedade de propostas de reformas eleitorais e políticas para mudar este quadro.
A CNBB, a OAB e outras entidades propõe que o eleitor vote primeiro em um partido e, posteriormente, escolha um candidato daquela legenda. As diversas propostas de reforma política apresentadas pelo PT na última década também pedem a chamada votação em lista.
O PSDB, por sua vez, defende uma mudança na divisão geográfica dos eleitores para o chamado ‘voto distrital’. Na proposta tucana, os estados seriam divididos em diversas partes, e cada ‘distrito’ escolheria somente um candidato. Parte do partido defende o sistema misto, onde alguns dos candidatos seriam escolhidos por distritos e outros continuariam no modelo atual.
Saiba como seu voto é calculado e quem você pode ajudar a eleger indiretamente nestas eleições
Em 2014 Quarenta e uma(41) vagas estavam disponíveis para o cargo de deputado estadual no Pará. Os cinco mais votados foram: Márcio Miranda (DEM), Cilene Couto (PSDB), Junior Ferrari (PSD), Luth Rabelo (PSDB) e Coronel Neil (PSD).
O mais votado foi Márcio Miranda (DEM), que obteve mais de 80 mil votos, o equivalente a 2,24% do total das escolhas. Em segundo aparece Cilene Couto (PSDB), com 72 mil votos, Júnior Ferrari, teve 63 mil votos, Luth Rabelo 51 mil e o Coronel Neil 50 mil votos. Veja a lista completa!
por Piero Locatelli — publicado 24/09/2014 04:02professora Izabela Jatene de Souza, 42 anos, começou a viver uma vida de luxo depois que o pai se tornou governador do Pará pela primeira vez em 2002. Até então ela era uma moça de classe média, que fazia compras a prestação, dava aulas na universidade e suava para pagar as contas como qualquer professor. Mas depois da eleição do pai a vida de Izabela mudou, ela foi trocando de casa. Em 2011 morava no exclusivo Edifício Wing, um dos mais luxuosos endereços da capital, quando foi flagrada num grampo telefônico autorizado pela Justiça pedindo a lista das 300 maiores empresas do Pará para “buscar um dinheirinho deles”.
Hoje, Izabela vive com o marido Ricardo Souza no Edifício Neon, no Umarizal. Ali, o metro quadrado é avaliado em torno de R$ 4.800. Um apartamento no Neon com 225 metros quadrados, vazio e sem benfeitorias, como pisos, armários, equipamento de cozinha, ar condicionado, internet, TV a cabo e outras facilidades da vida moderna não sai por menos de R$ 1 milhão. Ou seja: é entregue no “osso” como se diz na gíria dos corretores. Equipado e pronto para morar o preço pode ultrapassar o valor de R$ 1,5 milhão.
Apenas para dar uma ideia do que se pode comprar com o valor do apartamento da professora Izabela, R$ 1,5 milhão seriam suficientes para construir 54 casas populares, oito escolas ou 16 postos de saúde a um custo de R$ 923,04 o metro quadrado, que é o valor médio praticado no Pará em agosto deste ano de acordo com o IBGE. Um trabalhador que ganha por mês até dois salários-mínimos (entre R$ 724 e R$ 1.448), maioria dos moradores de Belém, teria de trabalhar pelo menos 85 anos sem gastar nada para conseguir comprar um apartamento como o que mora a filha do governador Simão Jatene. Ou seja: é um sonho impossível para os simples mortais.
Izabela tem mestrado e é professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará. Seus colegas com dedicação exclusiva ganham cerca de R$ 10 mil mensais. Se tivesse doutorado, o salário de Izabela seria um pouco maior. Um professor com mestrado tem uma remuneração inicial de R$ 5.700 mensais. A grande e (rica) família: Heliana, ex-mulher de Simão Jatene, seu filho Beto e a sogra dele, Regina, também moram em apartamentos do edifício Neon e são vizinhos de Izabela. (Fotos: Cinthya Marques/Arquivo; arquivo pessoal; arquivo pessoal)
Izabela tem mestrado e é professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará. Seus colegas com dedicação exclusiva ganham cerca de R$ 10 mil mensais. Se tivesse doutorado, o salário de Izabela seria um pouco maior. Um professor com mestrado tem uma remuneração inicial de R$ 5.700 mensais. A grande e (rica) família: Heliana, ex-mulher de Simão Jatene, seu filho Beto e a sogra dele, Regina, também moram em apartamentos do edifício Neon e são vizinhos de Izabela. (Fotos: Cinthya Marques/Arquivo; arquivo pessoal; arquivo pessoal)
Definitivamente, os ganhos mensais da filha do governador e de seu marido, Ricardo Souza, que recebe menos de R$ 20 mil mensais no cargo de chefe de gabinete da presidência do TCM, não seriam suficientes para comprar um apartamento de alto padrão e final acabamento. O edifício tem piscina, quadra de esportes, sauna, sala de ginástica, salão de festas, espaço gourmet e outros confortos de um endereço de luxo. O apartamento de Izabela e Ricardo tem 225 metros quadrados, três vagas de garagem (uma para ela, outra para ele e uma terceira para o carro da segurança), quatro dormitórios todos suíte, central de gás, sauna, uma ampla sala com varanda, vista de 360 graus e dependências para empregados. O ponto alto da residência é a cinematográfica suíte máster com banheira de hidromassagem, varanda, câmara king size e closet. O Neon possui ainda um rígido sistema de segurança capaz de impedir o acesso de curiosos e visitantes indesejáveis. Izabela usa um Fiat Freemont importado de cor branca, que custa entre R$ 100 mil e R$ 110 mil zero quilômetro.
Na edição de ontem do Diário, uma reportagem exclusiva mostrou Izabela sendo flagrada pedindo ao subsecretário da Sefa, Nilo Noronha, a lista das 300 maiores empresas do Pará. Nilo, que estava recebendo em sua sala a visita de Ricardo Souza, promete enviar a lista para o e-mail da filha do governador. “Vamos começar a buscar esse dinheirinho deles”, diz Izabela. A conversa aconteceu em abril de 2011, quatro meses depois de Simão Jatene ter assumido o governo. Nesta época, Izabela ainda morava com o marido no Edificio Wing.
Izabela quis mudar de endereço porque sonhava com um apartamento maior. E, para isso, “esse dinheirinho deles” pode ter ajudado a professora a realizar o sonho. Sonho aliás que não era somente dela, mas de toda a família Jatene que morava no Wing. Eram quatro apartamentos nas mãos da família, pertencentes a Izabela Jatene, Alberto (Beto) Jatene, filhos do governador Simão Jatene, Heliana Jatene, ex-mulher e Regina Labad, sogra de Beto. A mudança para o Edifício Neon manteve a família unida. Eles ocupam agora quatro novos apartamentos no prédio. Ou seja, a família toda foi capaz de investir um total de R$ 6 milhões. Se esse “dinheirinho” ao qual Izabela se referiu no telefonema gravado pela Polícia com autorização judicial ajudou a pagar essa conta, só a Receita Federal e o Ministério Público podem investigar.
Izabela quis mudar de endereço porque sonhava com um apartamento maior. E, para isso, “esse dinheirinho deles” pode ter ajudado a professora a realizar o sonho. Sonho aliás que não era somente dela, mas de toda a família Jatene que morava no Wing. Eram quatro apartamentos nas mãos da família, pertencentes a Izabela Jatene, Alberto (Beto) Jatene, filhos do governador Simão Jatene, Heliana Jatene, ex-mulher e Regina Labad, sogra de Beto. A mudança para o Edifício Neon manteve a família unida. Eles ocupam agora quatro novos apartamentos no prédio. Ou seja, a família toda foi capaz de investir um total de R$ 6 milhões. Se esse “dinheirinho” ao qual Izabela se referiu no telefonema gravado pela Polícia com autorização judicial ajudou a pagar essa conta, só a Receita Federal e o Ministério Público podem investigar.
Reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, publicada na edição de sábado, 20, destaca que o candidato do PMDB ao governo do Estado, Helder Barbalho, procura manter-se distante, durante a campanha eleitoral, da figura do pai, o senador Jader Barbalho, cujo nome é conhecido em todo o País pelas acusações de envolvimento em casos de corrupção - muitos deles ainda aguardando julgamento. A distância prudente é tomada mesmo sendo hoje Helder Barbalho, 35 anos, o grande projeto político de Jader Barbalho, que pretende assim voltar, por intermédio do filho, a comandar o governo do Pará, cargo que já ocupou em duas ocasiões anteriores.
De acordo com a reportagem da “Folha”, Helder Barbalho “faz uma campanha dissociada do pai: osobrenome da família não aparece e Jader é uma referência distante”. O candidato, apoiado por um aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT), costurada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, argumenta que “o senador Jader já cumpriu [seu] papel como governador, agora como senador. Este é o momento de uma nova geração política”.
Na disputada pelo governo do Pará, de acordo com a “Folha de S. Paulo”, em que, segundo pesquisa do Ibope, Helder Barbalho está em empate técnico com o candidato Simão Jatene (do PSDB), que tenta a reeleição - ambos os candidatos igualando-se no segundo turno e em rejeição -, o candidato do PMDB não apresenta uma promessa “carro-chefe” na campanha. “Helder centra a artilharia nos problemas sociais do Estado, como violência em alta e índices ruins na educação, e culpa o PSDB pelo quadro”, diz a reportagem.
Ainda de acordo com a Folha, que acompanhou atividade recente de campanha de Helder Barbalho na periferia de Belém, eram assessores e cabos eleitorais que apontavam os moradores que deveriam receber abraços de Helder. De acordo com a reportagem, somente os moradores mais velhos associavam imediatamente Helder Barbalho ao pai, Jader Barbalho. Aparentemente, Helder Barbalho conta com esse esquecimento para se apresentar como novidade na política paraense. A reportagem menciona que “Jader, que renunciou ao Senado em 2001 e chegou a ser preso no ano seguinte sob acusação de desvios de recursos, só apareceu na propaganda de TV do filho no segundo dia, numa apresentação geral da família”.
CONTRADIÇÕES
Helder Barbalho, sempre de acordo com a reportagem da “Folha”, assume o slogan da “mudança” e como referência ao passado do pai, diz apenas ter a “obrigação de enxergar experiências dos que tiveram oportunidade [no poder] para não cometer equívocos”. Depois de ter sido vereador, deputado e prefeito de Ananindeua por dois mandatos, Helder Barbalho ganhou, no ano passado, “um programa de rádio no Grupo RBA, do pai”, no qual “apresentava moradores denunciando mazelas do Estado”, segundo a Folha. “O candidato monopolizou a propaganda partidária do PMDB no período pré-eleitoral, o que motivou uma ação da Procuradoria por publicidade extemporânea”, completa a reportagem.

Share
Muita gente alterava a folha da Assembleia', diz Mônica
Me arrependo de ter feito escolhas erradas”, declarou ontem a ex-chefe da seção de folha de pessoal da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), Mônica Pinto, em entrevista ao Jornal Liberal 2ª Edição, da TV Liberal. Ela está no epicentro das fraudes que possibilitaram o desvio de recursos públicos na folha de pessoal daquela Casa de Leis, entre os anos de 2003 e 2010, e foi contemplada com a delação premiada, pelo Ministério Público do Estado. Mônica é ré em processo criminal sobre o caso, junto com outras 13 pessoas. Porém, as fraudes na folha representam apenas parte das irregularidades detectadas pelo MPE na investigação iniciada em 2011, que detectou o desvio de recursos públicos no montante de R$ 100 milhões.
Os diretores de outros departamentos da Alepa sabiam do esquema, voltou a admitir Mônica, na mais recente entrevista à repórter Jalília Messias. Um dos promotores de justiça que apura o caso, Arnaldo Azevedo, completou que todos os funcionários que trabalhava no setor da folha tinham a possibilidade efetiva de manipular o sistema que elaborava os pagamentos dos funcionários, a fim de acrescentar gratificações irregulares nos próprios contracheques e nos de terceiros, de incluir funcionários fantasmas e até de fazer promoções ilegais, por meio do uso de uma senha única. “A coisa tomou proporções, principalmente na gestão de Domingos Juvenil (ex-presidente da Alepa, do PMDB), muito grandes”, destacou a acusada.
Durante a reportagem, ela lembrou que o MPE iniciou a investigação da existência de funcionários fantasmas no Poder Legislativo estadual a partir de uma denúncia anônima. Ela relatou que foi intimada pelo MPE a retirar os fantasmas da folha e a enviar ao órgão o relatório de todos os funcionários da Alepa com os respectivos contracheques. Os primeiros resultados da investigação foram divulgados em 2011, durante uma operação de busca e apreensão de documentos, computadores e mídias na sede da Assembleia e também nas residências de pessoas acusadas de participação no esquema.
Na época, Mônica era acusada de adulterar o próprio contracheque para obter empréstimos ilegais no Banco do Estado do Pará (Banpará). Porém, ela voltou a negar esse crime. Mas admitiu que adulterou o contracheque para aumentar o próprio salário: “Se o meu salário fosse R$ 8 mil, eu recebia R$ 12 (mil). Esse dinheiro era depositado pela administração na minha conta”, declarou à reportagem. Perguntada sobre a punição esperada ao final do julgamento do processo criminal, Mônica respondeu: “Não sei, não sou advogada, não sou juíza, não sou promotora. Eu deixo a eles. Eles que vão decidir”. Em nota, o apresentador João Jadson informou que o advogado de Juvenil negou o envolvimento do cliente nas acusações.
Não é a toa que a competição para ser deputado estadual e assessor é grande, com o trabalho de fraude que é feito com o dinheiro dos impostos vai todo para os espertos eleitos que se escondem atrás de mil fachadas, depois abrem empresas terceirizadas e imobiliárias para manter o padrão de elite economica. Isso é Pará que ninguém ve. A justa cai no arquivamento por que tem rede com os implicados.
Arrecadação federal de agosto soma R$ 94,378 bilhões
Com uma arrecadação extraordinária de R$ 7,130 bilhões com o Refis, a arrecadação federal de agosto foi recorde para o mês e fechou em R$ 94,378 bilhões, uma alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 5,54% em relação a agosto do ano passado, informou nesta terça-feira, 23, a Receita Federal.
Na comparação com julho de 2014, houve queda real de 4,73%. O resultado ficou dentro do intervalo encontrado na pesquisa realizada pelo AE Projeções com o mercado financeiro e abaixo da mediana.
De acordo com o levantamento, as expectativas indicavam um resultado de arrecadação de R$ 87,8 bilhões a R$ 99,2 bilhões, com mediana de R$ 96,7 bilhões.
A arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 92,321 bilhões em agosto, o que representa uma alta real de 5,68% ante o mesmo mês de 2013.
As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 2,057 bilhões, uma queda de 0,43% ante o mesmo período do ano anterior.
No acumulado de janeiro a agosto de 2014, o pagamento de tributos somou R$ 771,788 bilhões, com alta real de 0,64% em relação ao mesmo período de 2013, e também representou resultado recorde para o período.
Refis
O resultado da arrecadação com o Refis no mês de agosto ficou abaixo do que a Receita previu inicialmente, de um valor entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões no mês.
No fim de agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia adiantado que a arrecadação do governo com o parcelamento de débitos tributários em agosto seria menor do que o previsto pela Receita Federal.
"Esse Refis que começou em agosto é dividido em cinco parcelas. Não tinha como concentrar em agosto a projeção de R$ 13 bilhões. É inadequada", explicou na ocasião.
O ministro afirmou que, "como um todo", o Refis deve render de R$ 18 bilhões a R$ 20 bilhões em 2014.
Renúncia fiscal
A renúncia fiscal com desonerações tributárias somou R$ 67,199 bilhões de janeiro até agosto, segundo os dados divulgados pela Receita Federal.
O valor é 36,86% maior que os R$ 49,100 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Só em agosto deste ano, a renúncia foi de R$ 8,387 bilhões, um número que é 22,55% maior que os R$ 6,843 bilhões registrados no mesmo mês de 2013.
A desoneração referente à folha de salários somou R$ 12,550 bilhões de janeiro a agosto de 2014, sendo R$ 1,584 bilhão referente ao mês passado.
Candidatos denunciam crimes eleitorais

Candidatos a deputado para as próximas eleições denunciam ameaças a cabos eleitorais por milicianos e traficantes em comunidades no Rio de Janeiro. A deputada estadual Cidinha Campos (PDT), que concorre à reeleição, fez queixa na Polícia Civil e, na tarde de hoje (14) se reúne com o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Berénger, para tratar do assunto. Um inquérito foi aberto para investigar esses crimes eleitorais em comunidades nos bairros Del Castilho, zona norte, e em Bangu, zona oeste.Tamanho da fonte: A- A+
“Os rapazes que trabalham para mim colocaram placas da campanha e no dia seguinte encontraram as placas queimadas e destruídas no chão. Um cara armado disse a eles que o local tinha dono e mandou que eles fossem falar com o presidente da associação dos moradores”, contou a deputada. A investigação está em andamento na 44ª Delegacia de Polícia (DP) de Inhaúma.
Segundo a deputada, dois homens que se disseram presidentes da associação entregaram um papel timbrado com a discriminação de todos os eleitores das comunidades. “Pela votação eletrônica, eles sabem o número de votos em cada zona eleitoral e obrigam os eleitores a votarem no candidato deles”, disse ela ao explicar que o local é controlado por milicianos, grupos de policiais e ex-policiais que cometem extorsões e crimes para garantir a segurança dos moradores.
O deputado estadual, Carlos Minc (PT), que também tenta a reeleição, passou por situação similar na Favela da Rocinha, zona sul, há cerca de um mês. “Havíamos alugado um espaço para a campanha e o dono do local depois nos procurou para dizer que teria que cancelar o negócio pois os traficantes o haviam proibido de promover o evento e colocar placas”, contou Minc. “Os traficantes disseram que somente os candidatos deles poderiam ter placas na comunidades. Estamos esperando evidências, pois não posso chegar no Ministério Público sem provas e ninguém da comunidade vai denunciar. As pessoas têm medo”, disse ele.
Minc lembrou que enfrentou dificuldade para fazer campanha em algumas comunidades em eleições anteriores, mas não imaginava que esse tipo de coação existiria em lugares com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), como é o caso da Rocinha. “Imaginava que com as UPPs não haveria currais eleitorais de forma tão violenta”, comentou ele. “Eles arrancam as placas, cobram e fazem acordos”, declarou ao explicar que em algumas comunidades é cobrado pedágio para a entrada de candidatos.
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) informou que não tomou conhecimento da denúncia oficialmente.


Processos que movimentam-se lentamente na fazenda
Nenhum comentário:
Postar um comentário