sexta-feira, 21 de junho de 2013

Geração Facebook

Os 42 milhões de jovens brasileiros, cada vez mais aficionados por tecnologia, assumem valores coletivos. Saiba como lidar com esses consumidores


A juventude brasileira, um grupo de 42,1 milhões de pessoas com idade entre 18 e 30 anos que movimenta R$ 506,6 bilhões por ano, segundo o instituto Data Popular, mostrou sua cara para o Brasil na semana passada. Milhares de jovens lideraram os protestos que tomaram o País, revelando uma capacidade de indignação e de articulação que não era vista havia pelo menos 20 anos. Com a personalidade forjada junto com a evolução da internet e dos gadgets digitais nos últimos anos, essa geração – batizada de millenium – intriga sociólogos e deixa políticos, empresários e investidores boquiabertos. Se eles hoje representam os consumidores e líderes corporativos de amanhã, o que esse movimento popular significa para a economia e os negócios? Como as empresas devem se relacionar com eles?
 
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Protesto em SP: as redes sociais ganharam mais audiência do que as tevês durante as manifestações
 
Por enquanto, há mais perguntas do que respostas. Mas uma avaliação do comportamento da massa humana que tomou as ruas fornece algumas pistas importantes de como agir diante de fatos tão arrebatadores. Indignados não apenas com os R$ 0,20 de aumento da passagem em algumas cidades, os manifestantes extravasaram sua indignação com serviços públicos de má qualidade e a corrupção. Com alguns cliques em computadores, tabletes e smartphones, eles convocaram os amigos e fermentaram o movimento nas redes sociais. O Facebook – que há poucos meses passou a veicular publicidade de empresas em meio aos posts dos usuários – virou uma poderosa ferramenta de convocação. 
 
Tornou-se uma espécie de megafone digital patrocinado, em que as marcas das empresas ficaram expostas à ira e à simpatia dos participantes. Ao lado do Facebook, canais como o Instagram e o YouTube viraram concorrentes poderosos da imprensa tradicional, com relatos em tempo real do que acontecia nas ruas. Os abusos policiais dos primeiros dias de protestos em São Paulo e no Rio de Janeiro foram filmados e transmitidos pelos jovens, o que gerou ondas de indignação e de simpatia com os manifestantes, que, no início, eram tratados como baderneiros por emissoras de tevê e políticos como o governador de São de Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 
 
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Nova era: a tecnologia é aliada poderosa das manifestações por projetos
coletivos, como a redução da tarifa
 
Imagens feitas por amadores ajudaram a identificar o estudante de arquitetura Pierre Ramon, que depredou a porta da Prefeitura de São Paulo na terça-feira 18. Nas mãos dessa nova geração, os smartphones ganharam um novo status. A qualidade da conexão e os recursos de fotos e vídeos foram determinantes para testemunhar este momento. Diversas empresas perceberam o movimento e passaram a patrocinar vídeos na rede. O Laboratório Fleury adicionou um anúncio ao vídeo de nove minutos de um protestante que explicava no YouTube por que valia a pena sair da zona de conforto e apoiar o movimento contrário ao aumento de R$ 0,20 – o vídeo teve 720 mil visualizações. Alguns jovens editaram cenas emocionantes e colocaram como trilha sonora a música “Vem pra rua”, produzida para um comercial de tevê de uma montadora de veículos. 
 
Uma peça do uísque Johnny Walker, em que um gigante de pedra acorda no Rio, foi lembrada. Alguns desses vídeos foram patrocinados por empresas como a operadora Vivo. Nada será como antes e todo cuidado é pouco numa era em que a verdade fica exposta em tempo real. Ao contrário do que propõe o livro 1984, de George Orwell, o Grande Irmão que tudo vê não está nas mãos de poucos, mas de qualquer pessoa a partir de um celular. “A democracia é diretamente afetada pela tecnologia, assim como aconteceu em outros países”, diz Gustavo Diament, diretor de marketing da operadora Claro. E o que pensam os jovens indignados? Uma pesquisa realizada no ano passado pela agência WMcCann em sete países, incluindo Brasil, China e Estados Unidos, identificou três valores muito fortes da geração millenium: a colaboração, a autenticidade e a justiça. 
 
“Eles saíram do individualismo e aguçaram um senso coletivo”, diz Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da WMcCann. Ficar rico também não é o que mais importa, assim como o consumo pelo status. “Muitos jovens preferem adiar a compra de um carro, por exemplo, e gastar dinheiro para viajar”, diz Pinto. Eis por que o transporte público tornou-se prioridade. “Queremos ganhar dinheiro, mas não adianta se o restante da população estiver em situações precárias”, disse Guilherme Gomiero, 19 anos, estudante de administração, de São Paulo, que estava em seu quarto dia de protesto na quinta-feira 20. “País rico não é aquele em que pobre tem carro, mas aquele em que rico usa transporte público.” 
 
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Geração Facebook

Os 42 milhões de jovens brasileiros, cada vez mais aficionados por tecnologia, assumem valores coletivos. Saiba como lidar com esses consumidores


A juventude brasileira, um grupo de 42,1 milhões de pessoas com idade entre 18 e 30 anos que movimenta R$ 506,6 bilhões por ano, segundo o instituto Data Popular, mostrou sua cara para o Brasil na semana passada. Milhares de jovens lideraram os protestos que tomaram o País, revelando uma capacidade de indignação e de articulação que não era vista havia pelo menos 20 anos. Com a personalidade forjada junto com a evolução da internet e dos gadgets digitais nos últimos anos, essa geração – batizada de millenium – intriga sociólogos e deixa políticos, empresários e investidores boquiabertos. Se eles hoje representam os consumidores e líderes corporativos de amanhã, o que esse movimento popular significa para a economia e os negócios? Como as empresas devem se relacionar com eles?
 
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Protesto em SP: as redes sociais ganharam mais audiência do que as tevês durante as manifestações
 
Por enquanto, há mais perguntas do que respostas. Mas uma avaliação do comportamento da massa humana que tomou as ruas fornece algumas pistas importantes de como agir diante de fatos tão arrebatadores. Indignados não apenas com os R$ 0,20 de aumento da passagem em algumas cidades, os manifestantes extravasaram sua indignação com serviços públicos de má qualidade e a corrupção. Com alguns cliques em computadores, tabletes e smartphones, eles convocaram os amigos e fermentaram o movimento nas redes sociais. O Facebook – que há poucos meses passou a veicular publicidade de empresas em meio aos posts dos usuários – virou uma poderosa ferramenta de convocação. 
 
Tornou-se uma espécie de megafone digital patrocinado, em que as marcas das empresas ficaram expostas à ira e à simpatia dos participantes. Ao lado do Facebook, canais como o Instagram e o YouTube viraram concorrentes poderosos da imprensa tradicional, com relatos em tempo real do que acontecia nas ruas. Os abusos policiais dos primeiros dias de protestos em São Paulo e no Rio de Janeiro foram filmados e transmitidos pelos jovens, o que gerou ondas de indignação e de simpatia com os manifestantes, que, no início, eram tratados como baderneiros por emissoras de tevê e políticos como o governador de São de Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 
 
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Nova era: a tecnologia é aliada poderosa das manifestações por projetos
coletivos, como a redução da tarifa
 
Imagens feitas por amadores ajudaram a identificar o estudante de arquitetura Pierre Ramon, que depredou a porta da Prefeitura de São Paulo na terça-feira 18. Nas mãos dessa nova geração, os smartphones ganharam um novo status. A qualidade da conexão e os recursos de fotos e vídeos foram determinantes para testemunhar este momento. Diversas empresas perceberam o movimento e passaram a patrocinar vídeos na rede. O Laboratório Fleury adicionou um anúncio ao vídeo de nove minutos de um protestante que explicava no YouTube por que valia a pena sair da zona de conforto e apoiar o movimento contrário ao aumento de R$ 0,20 – o vídeo teve 720 mil visualizações. Alguns jovens editaram cenas emocionantes e colocaram como trilha sonora a música “Vem pra rua”, produzida para um comercial de tevê de uma montadora de veículos. 
 
Uma peça do uísque Johnny Walker, em que um gigante de pedra acorda no Rio, foi lembrada. Alguns desses vídeos foram patrocinados por empresas como a operadora Vivo. Nada será como antes e todo cuidado é pouco numa era em que a verdade fica exposta em tempo real. Ao contrário do que propõe o livro 1984, de George Orwell, o Grande Irmão que tudo vê não está nas mãos de poucos, mas de qualquer pessoa a partir de um celular. “A democracia é diretamente afetada pela tecnologia, assim como aconteceu em outros países”, diz Gustavo Diament, diretor de marketing da operadora Claro. E o que pensam os jovens indignados? Uma pesquisa realizada no ano passado pela agência WMcCann em sete países, incluindo Brasil, China e Estados Unidos, identificou três valores muito fortes da geração millenium: a colaboração, a autenticidade e a justiça. 
 
“Eles saíram do individualismo e aguçaram um senso coletivo”, diz Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da WMcCann. Ficar rico também não é o que mais importa, assim como o consumo pelo status. “Muitos jovens preferem adiar a compra de um carro, por exemplo, e gastar dinheiro para viajar”, diz Pinto. Eis por que o transporte público tornou-se prioridade. “Queremos ganhar dinheiro, mas não adianta se o restante da população estiver em situações precárias”, disse Guilherme Gomiero, 19 anos, estudante de administração, de São Paulo, que estava em seu quarto dia de protesto na quinta-feira 20. “País rico não é aquele em que pobre tem carro, mas aquele em que rico usa transporte público.” 
 
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Os protestos passageiros em Belém do Pará onde a corrupção das dívidas e na Alepa é diaria.

Guerra e Paz nas ruas de Belém

Sexta-Feira, 21/06/2013, 07:48:05 - Atualizado em 21/06/2013, 07:48:05
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Às 14h, a massa de manifestantes que marcharia até a frente da Prefeitura Municipal de Belém, ia crescendo. Concentrados em frente do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), ao lado da imagem da padroeira dos paraenses, grupos de diferentes origens, cores e credos começavam a formar um corpo único que, dissonava em alguns momentos, mas que conseguia manter-se unido sob gritos de “Sem vi-o-lên-cia!”. 
Foi assim da avenida Nazaré até a sede do poder municipal. Uma pequena confusão na largada da marcha ligada a ação de um homem que aproveitava a aglomeração de muitas pessoas para efetuar furtos e a apreensão de algumas latinhas de spray utilizados para pichações foi o de que mais grave se viu durante todo o percurso que no ponto de chegada teve as cores mudadas. Com a praça Dom Pedro I como testemunha, manifestantes de alas mais radicais tomaram a frente do movimento e o que se viu foi um confronto pesado entre juventude e polícia, já no início da noite. 
A aparição do prefeito Zenaldo Coutinho - e sua posterior saída da prefeitura, pelos fundos – foi o estopim da confusão. Parte da massa já inflamada não aprovou a aproximação do gestor, que chegou a sair do palácio Antônio Lemos dirigindo-se à multidão com um sorriso no rosto. “O-por-tu-nis-ta! O-por-tu-nis-ta!”, repetia, aos gritos, grande parte dos integrantes de diferentes movimentos. 
Estava criado o cenário da agitação. As provocações que começaram com garrafas de plástico sendo atiradas, evoluíram para frutas, pedaços de pau e rapidamente chegaram a pedras. Inúmeras. Uma delas, atingiu em cheio o rosto de um guarda municipal que sangrou muito e socorrido por amigos da guarnição precisou de atendimento médico. Também houve feridos do outro lado. 
No meio da confusão, a universitária Sandra Batista, 26, acabou ferida na perna esquerda. “Começaram a apertar, empurrar e só senti a pedra na canela. Quero encontrar meus amigos”, repetia a moça abrigada por detrás de uma das colunas do prédio sede. “A gente não quer isso. Fomos pacíficos até onde foi possível, mas de repente a manifestação tomou outro rumo. Não vamos conseguir resolver nada assim”, tentava apaziguar, Lucas Borges. 

Jovens chegam a dois milhões no Pará

Sexta-Feira, 21/06/2013, 11:53:52 - Atualizado em 21/06/2013, 11:54:18
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Estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta sexta-feira (21), mostra que na região Norte em 2011, a população jovem de 15 a 29 anos somava 4.605.832 pessoas, sendo 2.313.259 homens (50,22%) e 2.292.573 mulheres (49,78%). Entre os estados da região Norte, o Pará é o que detém o maior número de jovens com idade entre 15 a 29 anos. 
Desses jovens, cerca de 1.590.762 (71,05%), estão na área urbana sendo, sendo 788.305 homens (49,56%) e 802.457 mulheres (50,44%). Enquanto que na área rural vivem 648.183, sendo 341.445 homens (52,68%) e 306.738 mulheres (47,32%).
O estudo analisou também a questão da ocupação dos jovens em toda a região Norte. Segundo os dados, em 2011 o número dos jovens ocupados somava 2.477.430 pessoas sendo 1.578.249 homens (63,71%) e 899.181 mulheres (36,29%).
Entre os estados da região, o Pará é o que detém o maior numero de jovens ocupados, seguido do Amazonas, Rondônia e Tocantins. Deste total, cerca 819.069 (67,11%) viviam na área urbana e 401.454 (32,89%) viviam na área rural. 
A pesquisa mostra ainda, que quanto a posição na ocupação no trabalho principal a maioria dos jovens estavam na condição de empregados. Nesta pesquisa, cerca de 57,05% estavam na condição de empregados; 19,07% trabalhavam por conta própria; 12,37% trabalhavam sem nenhum tipo de remuneração; 6,77% no trabalho doméstico; 4,07% na produção para o próprio consumo; 0,48% eram empregadores e 0,19% trabalhavam na construção para o próprio uso. 
Do total de jovens empregados no Pará cerca de 696.328 pessoas (44,77%) possuíam carteira de trabalho assinada; 44.291 (6,36%) eram militares e funcionários públicos estatutários e 340.276 (48,87%) estavam em outra categoria de emprego.
Outro aspecto analisado pelo Dieese, diz respeito à contribuição para o Instituto de Previdência. Foi observado que nesta faixa etária, ou seja, de 15 a 29 anos, do total das pessoas ocupadas na semana de referência (1.220.523), apenas 34,70% (423.489 pessoas) contribuíam para a previdência no trabalho principal e 65,30 % (797.034 pessoas) não eram contribuintes.
Quanto ao rendimento dos jovens, foi calculado que o ganho médio era de R$ 651,00. Sendo que os homens receberam em média R$ 685,00 e as mulheres cerca de R$591,00. 
DESENTENDIMENTO
Com a Guarda recuada dentro do prédio da prefeitura o clima esquentou. Manifestantes do lado de fora cobravam um conversa com o prefeito que já tinha saído do prédio após ter recebido uma cópia das reivindicações do movimento entregues por uma comissão. A notícia da ausência do prefeito irritou ainda mais os manifestantes e o entendimento ficou difícil. 
“O prefeito se prontificou a conversar, mas eles [manifestantes] não têm líder. No momento em que a integridade do prefeito foi ameaçada ele foi retirado do prédio. Tentamos manter a ordem como foi possível. Em nenhum movimento de todo o país se viu a polícia permitir que cartazes fossem afixados na sede da prefeitura. Nós permitimos. Ainda assim, eles perderam o controle, estamos evitando o confronto”, garantiu o comandante a Guarda Municipal de Belém, Carlos Machado, que exigia uma ação mais enérgica dos líderes para contenção dos manifestantes mais radicais. Não adiantou. 
Por volta das 19h30, com centenas de pessoas forçando as portas de entrada do Palácio, a Guarda reagiu e spray de pimenta foi utilizado para dispersar os manifestantes que não cederam. Bombas, rojões e pedras voltaram a ser lançados. Houve correria. 
No momento mais tenso da manifestação, policiais da Tropa de Choque marcharam contra a juventude que ainda oferecia reação. Com escudos de proteção, eles dispararam armas com balas de borracha e a violência se generalizou. Vários jovens ficaram feridos, outros foram detidos e após dez minutos de confronto direto, a massa foi sendo controlada sentando-se sobre o asfalto como forma de demonstrar não à violência.
Pedras, gritos e invasão
Após percorrer as avenidas Nazaré, Presidente Vargas e Boulevard Castilhos França, a chegada até a sede da Prefeitura Municipal de Belém, no Palácio Antônio Lemos, já transpirava ares de surpresas. Comentários já se ouviam entre alguns poucos manifestantes que algumas mochilas continham pedras. 
Por volta das 18h, a maioria dos participantes da passeata já estavam concentrados em frente à sede do Poder Público da capital. O Palácio, que também é museu, foi cercado pelo Grupamento de Ações Táticas (GAT) da Guarda Municipal. A ordem era manter a calma, o movimento é pacifico e levava uma pauta de reivindicações para ser entregue ao prefeito Zenaldo Coutinho.
Os gritos de cobrança e alguns até de xingamentos ao prefeito se intensificaram. Os gritos foram se tornando mais fortes. A pressão da população cresceu. Empurrões e uma pedra. Da onde ela veio, surgiram mais. E mais objetos: coco, garrafas e o que tivesse à mão foi jogado. Os gritos de “Sem violência! Sem violência!” começaram, quase um hino das atuais manifestações brasileiras. 
Daí em diante foi questão de tempo. A cerca da entrada já havia sido ignorada e o GAT continha os manifestantes bem à porta do Palácio, a um passo de entrar. 
Tensão durou até o meio da noite
Bombas de gás lacrimogênio foram disparadas pelo Grupamento. Assim ganharam algum espaço, mas o alvoroço continuou. Por volta das 19h30 muitas bombas foram disparadas. Haviam manifestantes passando mal, caídos no chão. “A gente que tava fora só estava tentando falar com os manifestantes da organização que tavam na prefeitura, ninguém tava jogando nada, aí a polícia jogou o gás”, relata a estudante Luana Souza enquanto socorria uma amiga que havia perdido os sentidos.
A movimentação em frente ao Palácio continuou até cerca de 21h30, quando a chuva começou a dispersar os últimos resistentes que se mantiveram no local. As equipes de policiamento militar e municipal também foram aos poucos deixando o local, já no final da noite.
No final, 24 pessoas foram detidas
Vinte e quatro pessoas foram detidas e 15 adolescentes apreendidos e encaminhados à Divisão de Investigações e Operações Especias, da Polícia Civil (Dioe), após os incidentes registrados, na noite de ontem, no centro de Belém. Todos eram suspeitos de envolvimento nos tumultos que envolveram milhares de pessoas.
mesas de teatro governamental.
Ao final, todos foram liberados, após um acordo feito por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB-Pará, a Defensoria Pública e a Polícia.
Os suspeitos e os adolescentes foram levados à Dioe em um ônibus. “Sobre todos eles pesavam acusações de lesão corporal e desordem”, informou o major PM Marcelo Leão.
Segundo o defensor público Johny Giffoni, não seria feito Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra os suspeitos “porque não foi especificada a materialidade de nenhum delito”.
No Brasil e no Pará os corruptos "se fazem" quando são eleitos", dão dinheiro a vontade para os amigos que montam empresas para desviar dinheiro público, alugam casas e prédios de colegas e parentes, realizam concursos públicos para arrecadar dinheiro para suas empresas e contas particulares, depois que são descobertos como no caso dos desvios da Alepa não acontece absolutamente nada pois invocam as leis de imunidade  politica e arrastam os processos por longo prazo até prescrever e assim se mantem as elites burguesas do Estado.A mais nova torneira de desvios de dinheiro público é o tal do  projeto do BRT (Bom Roubar Tudo), só o falso médico Duduciomar deu mais de 100 milhões par a empreiteira Andrade Gutierrez, agora é a vez do atual prefeito e governador que em no do elefante brando brt, já  vai mandar um grupo de amigos e parentes para uma visita turistica(Bogota-Colombia) com o pretexto de conhece experiencias fora do país,"imagina" a mentira.Enquanto os desvios  de dinheiro da Assembleia Legislativa do Pará  para empresas fornecedoras de serviços (dos amigos é claro) mais de R$ 100,00 milhões esta caindo no esquecimento pois os desembargadores( justiça) são parentes e negociadores do atual governo que sabem mexer na maquina processual.

Brasileiro é escolhido para ter o melhor emprego do mundo

Por Redação
Foi um brasileiro o escolhido para ter o melhor emprego do mundo, na Austrália. O fotógrafo Roberto Seba, de 31 anos, está entre os seis vencedores do “Best Jobs in the World”. 
Conforme anuncio feito pelo órgão de promoção do concurso nesta quinta-feira (20), Seba terá um salário de R$ 200 mil e vai passar seis meses atuando como fotógrafo de estilo de vida. Seu objetivo vai ser documentar como os moradores de Melbourne aproveitam a cidade.  
Já os outros cinco vencedores vão desempenhar funções como provar comidas e bebidas, participar de eventos como convidado VIP, patrulhar praias e explorar o deserto. 
A campanha é uma estratégia de marketing para promover a Austrália entre viajantes jovens de outros países.
empresário Jorge Queiroz de Moraes, dono do grupo de energia elétricaRede, detém dois feitos notáveis em sua trajetória empresarial. Primeiro, transformou uma combalida distribuidora de energia fundada por seu avô em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, em um dos maiores grupos energéticos do país, que chegou a faturar 8 bilhões de reais e a atender 5 milhões de consumidores em 2011.

Dono do Rede Energia deu o maior calote da história

O empresário Jorge Queiroz, dono do grupo Rede Energia, deu um calote de cerca de 6 bilhões de reais em seus credores e zarpou para a Europa em maio. E ninguém sabe como o imbróglio vai se resolver. Este é mais um dos golpistas que em quadrilha com politicos corruptos que foram financiados e depois facilitaram as licitações ganhas pela empresa dele que saiam vencedoras agora que já depositou todo o dia nas ilhas off shore tudo vai bem para morar na europa e convidar os imunizados políticos e suas famílias de Brasilia de vez em quando para tomar um wisq. 

Na esteira do crescimento, Queiroz acumulou um patrimônio avaliado em 500 milhões de reais — e um padrão de vida condizente com todo esse dinheiro. Todos os dias, fazia num helicóptero Bell Jet o trajeto entre a fazenda Boa Esperança, em Bragança Paulista, onde morava com a mulher, Regina, e seis de seus oito filhos, e a sede da companhia, na avenida Paulista.
Altos executivos do grupo disputavam a chance de passar os fins de semana na fazenda com o chefe. A Boa Esperança tem 800 hectares e mais de 1 milhão de pés de café de alta qualidade. Queiroz chegou a construir uma linha de trem e uma estação ferroviária completa para facilitar os passeios pela fazenda.
Além do helicóptero, usado para os trajetos mais curtos, Queiroz tinha um jatinho Legacy para percorrer as oito distribuidoras de energia elétrica controladas pelo seu grupo no país, do Mato Grosso ao Pará. Entusiasta de esportes, ia com frequência às finais dos torneios internacionais de tênis mais badalados.
Chegou até a abrir uma empresa para patrocinar profissionais de atletismo e a criar o maior centro de treinamento para o esporte no país — outra de suas paixões.
O segundo feito de Queiroz é ainda mais impressionante: ele detém o recorde do maior calote da história do mercado corporativo brasileiro. Enquanto construía o Rede, Queiroz somou dívidas que chegaram a cerca de 6 bilhões de reais — o equivalente a seis vezes a geração de caixa anual do grupo.
Em 2012, com milhões de reais em dívidas de curto prazo prestes a vencer, a situação ficou insustentável e Queiroz pediu recuperação judicial de todo o grupo. Desde então, seus advogados negociam com credores e governo quanto do rombo é possível pagar. Na hipótese mais provável, os credores receberiam 900 milhões de reais — ou 15% do valor total.
Diferentemente dos anos de bonança, Queiroz aproveitou a negociação para sair de cena. Em maio, credores e funcionários ficaram estupefatos ao saber que ele se mudou com a família para a Europa — deixando helicóptero, trens e pés de café para trás.
Seu paradeiro exato é um mistério: dois amigos dizem que está na Itália, sem precisar a cidade. Sua advogada, Raquel Otranto, diz que ele está em tratamento para estresse e depressão, mas não diz exatamente onde. 
 Privatizaram as redes de energias, agora surgem os golpes de dívidas para o governo pagar ou perdoar os novos compradores da empresa.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Governo autoriza criação de 7 mil cargos públicos

O governo autorizou a criação de 7.098 cargos públicos. A decisão está presente na Lei 12.823/2013, publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União, em decisão assinada pela presidente Dilma Rousseff e pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
A publicação da lei não representa que haverá imediata realização de concursos para o preenchimento das vagas. Conforme explica o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), não há uma vinculação automática entre a publicação da lei e a realização da seleção. Também não há previsão de data para as seleções. Quando forem autorizadas, as seleções não ocorrerão ao mesmo tempo para todos os órgãos e entidades.
O MPOG informa ainda que a efetivação do impacto dependerá da realização dos concursos e do devido preenchimento dos cargos. Quando todos os cargos aprovados forem preenchidos - o que não tem prazo para ocorrer - o valor anualizado chegará a R$ 594,6 milhões. Esse montante engloba os cargos criados para a finalidade específica de substituição de terceirizados, conforme acordos firmados com o Ministério Público do Trabalho.
Conforme presente no texto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial, a lei 12.823/2013 cria cargos do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo; da carreira de Analista de Infraestrutura; do plano de carreiras para a área de Ciência e Tecnologia; da carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho; dos planos de carreiras e cargos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS).

EUA vigia todo mundo: e agora?

Otexto de sexta passada, neste blog, sobre a notícia que o governo dos EUA está possivelmente conduzindo uma operação massiva de captura de informação em servidores web que todos usamos, como faceBook, google, apple e microsoft causou grande impacto, como era de se esperar. também não é de se estranhar que muitos entendam que não têm nada a esconder e por isso pouco importa quem os está bisbilhotando.
argumento falacioso do não tenho nada a esconder, quase uma acusação aos que defendem privacidade na rede, de estar fazendo alguma coisa imoral ou ilegal, não faz, nunca fez, o menor sentido. você não tem nada a esconder? então porque não deixa o vizinho tirar fotos suas tomando banho ou na cama, com sua mulher, numa daquelas noites quentes, e publicar na internet? imagine o milhar de outras situações que não queremos ver disseminadas, na rede ou qualquer outro meio. de repente, temos tudo a esconder. simples assim.
a privacidade é um dos princípios essenciais da vida e um dos direitos humanos fundamentais. daniel solove, da GWU law school, escreveu um paper precioso [‘I've Got Nothing to Hide’ and Other Misunderstandings of Privacy], onde o argumento "nada a esconder" é desmontado passo a passo. se você quiser saber realmente porque, vá ler, antes de ir lá nos comentários e dizer que sua vida é um livro aberto. o blog não acredita nisso; perca sua ingenuidade, também.
ao escrever o texto na quinta, o blog disse que muito mais se saberia nos próximos meses. neste fim de semana, o guardian, jornal inglês que descobriu a história [pela via da captura de dados de ligações da verizon, operadora americana], vazou mais um pouco do que sabe, um texto sobre boundless informant, a ferramenta que a NSA usa para capturar informação das redes [abertas, só?…] mundiais. pra você saber, só em março passado foram capturados 97 bilhões de itens de informação. o mapa abaixo mostra a temperatura dos países em relação à atenção americana por informação: verde é  baixo risco, vermelho é risco total. estamos no meio.
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agora se sabe quem botou a boca no trombone: um carinha de 29 anos, edward snowden, e a um jornal ingles, o guardian, que talvez seja um dos últimos em que se pode confiar entre UK e EUA. interessante é que um americano abra uma caixa de pandora do porte de PRISM a um jornal inglês e não americano. e fazer isso a partir de hong kong e não europa ou brasil, por exemplo, talvez esperando que a china não vá extraditá-lo para os EUA. eu não apostaria um pirulito nisso, até porque os líderes americanos e chineses, agora, são amiguinhos para sempre.
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bem… a história não acaba aqui e as consequências vão rolar por anos, décadas. e isso deveria levar a uma reflexão sobre o estado de coisas e o brasil, agora, pra que a gente se prepare para o futuro. foi isso que fez cristina murta [twitterweb] em emeio para o blog, sobre o primeiro texto desta história. com permissão da autora, o material é publicado ipsis litteris abaixo, com a sugestão de uma leitura cuidadosa e consideração das implicações [que são muitas…] para periferias como nós. o comentário é longo, cuidadoso; vá com calma, pra não perder nada.
Em relação ao post, há dois aspectos que eu gostaria de comentar. O primeiro comentário é relativo à questão da privacidade no mundo digital. O pensadorLarry Lessig advertiu há alguns anos: em informática, o código é a lei. Em outras palavras, o que pode e o que não pode ser feito é ditado pelas possibilidades ou impossibilidades da computação. Até o momento, a computação tem apenas uma solução para a privacidade, que é a criptografia. Você criptografa toda a sua comunicação digital? Provavelmente não. Nem eu. Não é prático fazer isso.
Eu não posso acessar seu email e vice versa. Essa impossibilidade mútua cria a ilusão de privacidade. Mas os administradores de sistemas podem tudo. Se o superusuário de um sistema (root) pode acessar tudo, então não há privacidade. Ou você confia no root? Eu já vi um root entrar na minha conta com a intimidade de quem entra em sua própria casa. Não podemos esquecer que aplicações de software locais ou remotas usam o espaço em disco (HD) do seu computador, que é de sua propriedade, como se fosse delas. Elas nos espionam usando nossos próprios recursos!
Assim, não é a constituição federal que vai garantir a privacidade e sim o código. A privacidade nos sistemas digitais só será realidade quando for implementada em software. É ingenuidade pensar que haverá privacidade ordenada por lei. Os fluxos computacionais são em volume gigantesco. É muito difícil controlar legalmente o que ocorre na rede. O que pode ser feito em termos computacionais será  Foto: Reutersfeito. Precisamos garantir a privacidade via software.
Meu segundo comentário é acerca da propriedade da informação. Como pode ser visto nos comentários do post, muitas pessoas não ligam para o fato de serem espionadas, algumas brincam com esse fato e outras até acham correto. Parece que há um sentimento geral de que elas não tem nada a esconder, nada de interessante a compartilhar. Portanto, podem espiar à vontade. A justificação do terrorismo para a espionagem é de certa maneira inquestionável principalmente porque não há saída, não há opção de ação a não ser espionar a rede. Podemos concordar que as pessoas individualmente não são interessantes (exceto os procurados terroristas) mas não há como negar que o que interessa são as ideias, a informação compartilhada, o agregado dinâmico e fluido das ansiedades e da sabedoria mundial que circula na rede. O conhecimento agregado do mundo todo tem grande valor.
É aí que entra a questão da propriedade dos fluxos e da informação. Quem é dono da informação que circula na rede? O geógrafo brasileiro Milton Santospropôs uma teoria que merece reflexão profunda. Ele diz que a posse efetiva de um espaço é de quem o opera e não de quem o possui formalmente. Segundo o pensador [veja este link], o domínio sobre um território aumenta à medida que empresas e governos operam, gerenciam e provêem a infraestrutura necessária aos fluxos que trafegam nesse território, sejam esses fluxos de pessoas, de bens ou de informação.
Podemos levar esse raciocínio para as redes. Quem opera os serviços digitais? Quem são os donos dos cabos? Onde estão localizados e de quem são os servidores que armazenam as informações? A que legislação estão sujeitos? É no mínimo surpreendente pensar que informações tão domésticas como número do telefone da farmácia da esquina, a receita de feijoada ou informações sobre o maracatu "a cabra alada" estão indexadas e armazenadas em território estrangeiro. As empresas digitais operam em nosso território e coletam nossa informação como se estivessem em seu próprio território. Além disso, nós, como nação, não temos a nossa própria informação. Dependemos dos estrangeiros. Então, quem possui quem? Em última análise, a Web brasileira não é nossa, pois está em grande parte armazenada fisicamente em servidores estrangeiros e indexada por máquinas de busca estrangeiras.
Por que a comunidade de computação não questiona? Possivelmente porque, mesmo sem saber, estão pensando nos termos da teoria da propriedade do professor Milton Santos. A informação não é de quem a produz e sim de quem opera e comanda seus fluxos, de quem a armazena em seus recursos físicos. Para sermos proprietários de nossa Web, teríamos de ter nossos próprios sistemas de armazenamento e nossa máquina de busca.
edward snowden fugiu justamente pra onde a preocupação de cristina foi levada a sério e onde google, faceBook, twitter e outros não arranham nem a superfície da rede [os equivalentes, na china, são baidu, renren e sina weibo]. os chineses, claro, não estão seguros em “seus” sites; o governo de lá  é famoso não só por vigiar todo mundo mas por ir bem à frente e censurar a expressão individual em rede, o que ainda não dá pra imaginar no –segundo snowden e muitos outros- estado policial digital em que os EUA parecem estar se tornando. quem sabe, em breve…

governo dos EUA vigia todo mundo


A notícia da semana, talvez do ano, possivelmente uma das confirmações mais esperadas da história da internet, é que o governo americano está tentando vigiar todo mundo que se comunica usando plataformas de informação situadas em solo americano. o guardian e o washington post deram a história ontem. o governo americano conseguiu todos os dados da verizon sobre todas as ligações feitas em sua rede. a att, por outro lado, fez ouvidos de mercador até agora, ou pelo menos é isso que se sabe. os grandes da internet, a começar por microsoft, google e apple, entregaram todos os dados de todos os seus usuários, inclusive os meus e os seus.
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todo mundo nega. das empresas ao governo americano. mas o documento ao qual o post teve acesso fala literalmente sobre “Collection directly from the servers of these U.S. Service Providers: Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, YouTube, Apple.” e aí?… como negar, de forma crível?
a brincadeira comecou em 2007, segundo o post, e, de lá pra cá, só radicalizou. a NSA, responsável pelo projeto, está terminando de construir um datacenter que, só de construção civil, gastará perto de US$2B, mais outro tanto para hardware e software. o datacenter, em utah, é o maior projeto de construção civil nos EUA ea NSA já começou outro, em maryland, cujo orçamento inicial é US$565M.
orwell nunca pensou nesta escala, nem em seus piores pesadelos.
o programa de espionagem digital dos EUA começou no governo bush e a máquina de governo, por mais que um novo presidente se diga e queira ser defensor dos fracos, oprimidos e de direitos e liberdades dos indivíduos, parece impossível de parar, pelos menos enquanto a internet continuar funcionado em seus moldes atuais.
uns poucos serviços dominam o mundo: facebook, apple, twitter, microsoft, amazon, google e mais poucos outros respondem por mais de 90% de todas as interações em rede. se a mão pesada do estado desce sobre tais agentes e “exige” sua colaboração para a segurança nacional [ou bisbilhotagem individual, você escolhe], vai ser sempre muito difícil manter uma posição independente e dizer não, até para cumprir a lei, no caso a constituição, que garante a privacidade de cada um de nós, aqui e lá.
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os detalhes vão emergir nas próximas semanas e meses e, quase certamente, nada, ou muito pouco, vai mudar. a obsessão americana sobre terrorismo, aumentada ao extremo pelos ataques de setembro de 2001, parece justificar tudo. e contamina o mundo. em 2008, este blog publicou os detalhes do que poderia vir a ser o IMP, o esquema inglês que se destinava a fazer o mesmo [via o GCHQ] que a NSA está fazendo, agora, nos EUA. para sorte dos ingleses, o governo de lá não pode gastar na mesma escala que os americanos [ainda] podem, e o projeto morreu. ou não.
ainda mais interessante [e preocupante] é que, fora um ou outro serviço nacional, na rússia, japão… e quase todos os serviços chineses, quem domina a rede são os EUA, onde estão quase todas as plataformas de informação mais usadas da rede. resultado? não só indivíduos, como eu [meu emeio está em google] e você, mas as empresas e governos da periferia da rede, usam serviços baseados nos EUA e são bisbilhotados pela segurança americana. um monte de gente, em posições-chave no governo brasileiro, nos manda emeio a partir de endereços pessoais que estão lá no meio deste rolo de espionagem dos EUA. estão sendo vigiados, também?…
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claro que os americanos podem dizer que só “estão atrás de informação que possa levar a atos contrários à segurança dos EUA”. mas e se um espião empreendedor, lá em algum cubículo não identificado, resolver adicionar umas regras no software de espionagem… incluindo “interesses americanos”? como interesses negociais, ou seja, comerciais? do jeito que a coisa está, como garantir que isso não foi feito, já?
antes da rede, os serviços de espionagem não podiam sonhar em bisbilhotar a vida de todo mundo, o tempo todo. era caro demais e sua interferência nos processos de comunicação física entre as pessoas ficaria óbvio demais. agora, onde nós todos nos reunimos, em grupo, em alguns poucos serviços, qual manada a ser observada de perto em seus mais simples e íntimos atos e omissões… os arapongas chegaram ao paraíso. e a custo muito baixo, em relação ao que seria esforço equivalente no passado.
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como se disse lá no começo, nada disso é novidade. o novo é que alguns espiões se ligaram que a coisa toda fugiu dos limites [até mesmo da espionagem] e o que está acontecendo não é minimamente razoável. e documentos secretos começaram a aparecer. há muito mais a ser dito, ainda não sabido. mas uma coisa já é certa:  não há qualquer diferença entre o comportamento das máquinas de espionagem dos governos dos EUA, china, rússia, inglaterra, índia… e brasil. se a gente não fizer nada, a situação americana vai se repetir, aqui, assim que alguém conseguir por as mãos nos meios para tal, se é que já não existem e estão sendo usados…
o preço da liberdade, como se sabe, é a eterna vigilância. não do governo sobre a cidadania, mas ao contrário. e a cidadania, mundo afora, está muito atrasada… pra ter uma ideia de como, veja o vídeo abaixo, do democracyNow. e se arrepie.