A maior aquisição da história da educação: a Kroton leva a Unopar
Aos 75 anos, o médico Marco Antonio Laffranchi decidiu vender sua universidade — acabou levando 1,3 bilhão de reais
Marco Laffranchi, da UNOPAR: fundador de um desconhecido negócio bilionário
São Paulo - Eram 8 horas da manhã do dia 15 de dezembro de 2011, em Londrina, quando Marco Antonio Laffranchi embarcou no jato particular da família com destino a São Paulo para fechar o maior negócio da história do setor de educação — em todo o mundo, enfatize-se.
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Aos 75 anos, Laffranchi é o fundador da Universidade Norte do Paraná (Unopar), dona da maior rede de ensino a distância do país. Em São Paulo, ele tinha uma reunião marcada num prédio na esquina da avenida Brigadeiro Faria Lima com a rua Tabapuã, no coração financeiro da cidade.
Ali, fica a sede do fundo americano de private equityAdvent. Por anos, Laffranchi havia resistido às investidas de empresários dispostos a comprar sua empresa. Mas, naquele dia, a oferta era tentadora demais.
A Kroton Educacional, empresa controlada pelo Advent, estava disposta a pagar 1,3 bilhão de reais para assumir o controle da Unopar. O valor supera em 200 milhões de reais o orçamento anual de Londrina, cidade paranaense onde fica a sede da universidade. Na madrugada, o contrato estava assinado.
A dinheirama causou, era de esperar, espanto: como um negócio rigorosamente desconhecido, sediado numa cidade com 500 000 habitantes, vale tanto? Até a compra da Unopar pela Kroton, o maior negócio da história do setor no Brasil havia sido a aquisição da Uniban pela Anhanguera por 510 milhões de reais. Qual o segredo de Laffranchi? O que há na água de Londrina?
A Unopar nasceu em 1972. Paulista de Jaboticabal, o educador mais rico do mundo estudou para ser médico e chegou a fazer alguns plantões em hospitais da capital paulista, mas foi apresentado a Londrina pela família de um paciente. Acabou se mudando e conseguindo um emprego como gerente da Pirelli.
Católico praticante, era próximo à pequena comunidade eclesiástica da cidade — e, como era o único gerente disponível, foi convidado pelos padres a dar um jeito no pequeno Colégio São Paulo, com apenas 46 alunos, que ameaçava fechar. “Começamos a empreender nessa área meio que por caridade”, diz Laffranchi, que logo tomou gosto pela coisa.Dali até conseguir autorização para a instalação da primeira faculdade levou apenas quatro anos. Sua mulher, Elisabeth, dava aulas de ginástica rítmica — especialidade que a fez ser técnica da seleção brasileira por dez anos. O casal se dividiu na administração da universidade: ele cuidava da área comercial, e ela, da acadêmica.
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Mina de ouro
Mas não foi a experiência educacional de quatro décadas que levou a empresa dos Laffranchi a ser cobiçada — e sim sua trajetória nos últimos dez anos, quando a universidade descobriu sua mina de ouro: o ensino a distância. Entre 2003 e 2011, a rede passou de um quadro de 1 800 alunos para 145 600 (o equivalente a três vezes o número de matrículas da USP, a maior universidade pública do país).
No ano passado, a Unopar faturou 416 milhões de reais. Como o modelo de ensino a distância tem custos menores (gasta-se muito menos com professores, por exemplo), as margens da Unopar cresceram. A rentabilidade medida pela geração de caixa foi de 28% em 2011 (na Anhanguera, considerada uma das empresas mais eficientes do setor, foi de 24,9%).
“O fato de eles terem saído na frente fez uma grande diferença nessa trajetória”, diz Carlos Monteiro, da CM Consultoria, contratada pela Kroton para fazer o estudo de mercado que embasou a aquisição.
A ideia de que investir em ensino a distância poderia ser um grande negócio surgiu no fim da década de 90, numa das viagens de Elisabeth a convite da Confederação Internacional de Ginástica. “Conheci um projeto na África do Sul, depois outro na Inglaterra e também na Itália”, diz a professora.
Ela e o marido criaram um modelo que hoje é copiado por uma centena de outras instituições. As aulas são transmitidas ao vivo, via satélite, uma vez por semana para salas espalhadas por todo o país, onde um grupo de 400 “tutores” — profissionais graduados e com alguma especialização — acompanha os estudantes pessoalmente. As aulas são filmadas em 11 estúdios, localizados em Londrina, São Paulo e Brasília
]Para garantir a palavra mágica — escala —, Laffranchi investiu em poucos cursos (são apenas 12). Hoje, um único professor chega a lecionar para 7 000 alunos ao mesmo tempo em até 399 cidades. É isso, em suma, que faz um curso a distância custar, em alguns casos, a metade de um presencial.
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Para firmar presença nas principais capitais e chegar a lugares remotos, como Cametá (no Pará) e Cacequi (no Rio Grande do Sul), a Unopar criou a figura do “parceiro local”, responsável por alugar a sala de aula e atrair alunos.
Em troca, essa espécie de representante comercial (geralmente, professores e donos de escolas) ganha um percentual de cada mensalidade paga. “Mal comparando, é uma adaptação do modelo Avon ao ensino”, diz Marcio Costa, da Galileo, que controla redes de ensino superior no Rio de Janeiro.
A decisão de vender a empresa para a Kroton e se tornar sócio do grupo pode ser explicada por outros motivos além do tamanho do cheque oferecido pelos novos donos da Unopar — para Laffranchi, estava mais difícil crescer sozinho. Desde 2008, uma série de regras impostas pelo governo aumentou os custos da Unopar, que passou a ser obrigada a publicar material didático próprio, contratar coordenadores regionais e inaugurar bibliotecas.
Além de ter custado caro, as novas regras impostas pelo Ministério da Educação colocaram um freio no crescimento do ensino a distância — a abertura de polos, por exemplo, passou a ser controlada. A Unopar acabou ficando com sua rede de parceiros congelada.
Apesar das limitações impostas pela legislação, a Kroton continua com planos agressivos para a empresa recém-adquirida, que a levou ao segundo lugar no ranking das gigantes do ensino superior no país, atrás apenas da Anhanguera. Afinal, o grupo não pagou barato — foram 8 000 reais por aluno, o maior preço já negociado no setor no país.
“O valor se justifica por ter sido um negócio estratégico, que nos fez mudar de patamar”, diz Rodrigo Galindo, presidente da Kroton. O grupo tem planos de aumentar a oferta de cursos técnicos, corporativos e de pós-graduação e levar os polos de ensino a distância para as 777 escolas de ensino básico que integram o sistema Pitágoras, também da Kroton.
As ações da empresa na bolsa caíram 3,6% desde a aquisição, um sinal de que o mercado desconfia do preço pago e da perspectiva de retorno. Um desafio para a Kroton. Para o ex-dono da Unopar, os problemas serão consideravelmente menores: o primeiro cheque, de 650 milhões de reais, já foi depositado na sua conta.
Um estudo patrocinado pelo Google e realizado pelo Boston Consulting Group, durante o Fórum Econômico Mundial, projeta crescimento de 100% da economia digital nos próximos 4 anos.
De acordo com a avaliação, as empresas de internet faturam com publicidade, e-commerce e outras formas de receita o equivalente a US$ 2,3 trilhões em todo o mundo, número que deverá dobrar até 2016.
O estudo leva em conta as taxas de inclusão digital e expansão do comércio eletrônico em todos os países. De acordo com o Boston Group, em quatro anos 50% da população do mundo, ou seja, 3,5 bilhões de pessoas, terão acesso à web.
O meio mais comum de acessar a internet não serão os PCs, mas sim celulares e outros dispositivos portáteis. De acordo com a análise, em muitos países do mundo acessar à web ainda é um luxo, algo caro para famílias pobres.
Este cenário, no entanto, deve mudar nos próximos anos, incluindo centenas de milhões de consumidores na economia digital. O relatório afirma ainda que 80% dos acessos e negócios na internet serão realizados por dispositivos portáveis, como celulares, em 2016, consolidando o declínio dos PCs no formato desktop e notebook.
Durante o Fórum, no entanto, alguns especialistas criticaram o relatório por ser supostamente “genérico demais” e não detalhar quais áreas da economia digital crescerão mais e em que ritmo.
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Os 10 países mais robotizados do mundo
Japão desponta como a nação com maior mão de obra robótica; desafio do Brasil é investir nos próximos anos em modernização para elevar a competitividade no mercado global
Japão é o país mais robotizado do mundo: existem 306 máquinas para cada grupo de 10 mil trabalhadores. Cifra pode ser justificada pela falta de mão de obra na nação asiática
São Paulo - Eles foram criados e aperfeiçoados para facilitar nossas vidas, mas com o avanço da tecnologia podem se tornar nossos maiores concorrentes no mercado de trabalho. Será que, no futuro, os robôs poderão roubar o seu emprego? Em algumas economias, estas máquinas já representam uma parcela significativa da "mão de obra".
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Para medir o impacto dos robôs sobre o mercado de trabalho e a população de um determinado país, a Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês) utiliza uma métrica de densidade, calculando a quantidade de máquinas existentes em cada nação comparadas com um grupo de 10 mil pessoas empregadas na indústria em geral.
De acordo com o último levantamento da entidade, o Japão lidera a lista dos países mais robotizados do mundo, com 306 robôs para cada 10 mil trabalhadores em 2010, seguido pela Coreia do Sul e a Alemanha, com densidades de 287 e 253 robôs, respectivamente.
A quantidade de máquinas nos três primeiros países do ranking (vide tabela abaixo) chama a atenção, mas nem todas as geografias avançam no mesmo ritmo. A média entre os 45 países pesquisados pela IFR foi de 51 robôs para cada 10 mil trabalhadores em 2010. Enquanto 20 destas nações ficaram acima desta linha, outras 22 nem sequer chegaram à metade, ficando abaixo da densidade de 20 robôs para cada 10 mil trabalhadores.
Um exemplo é o Brasil, que aparece na 37ª posição no ranking, atrás de países como Tailândia (26ª), África do Sul (28ª), México (32ª), Indonésia (34ª) e Argentina (36ª). Apesar do forte crescimento de 7,5% no Produto Interno Bruto (PIB) registrado no ano retrasado, o Brasil ainda tem densidade inferior a 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores, um indício de que a indústria nacional ainda deve se modernizar para elevar a competitividade e a produtividade a nível global.

Segundo a IFR, foram vendidas 118 mil unidades de robôs industriais no mundo todo no ano de 2010, com as vendas totalizando 5,7 bilhões de dólares. A cifra é 47% superior em relação às 60 mil unidades vendidas em 2009 e foi impulsionada pela recuperação da economia global após o pior período da crise financeira nos Estados Unidos.
O montante não inclui gastos com softwares, periféricos e engenharia de sistemas. Adicionando estes custos, o valor de mercado para a indústria de robótica global triplica para 18 bilhões de dólares em 2010. Desde a década de 60, a indústria de robótica já vendeu no total 2,142 milhões de unidades. O número parece pequeno, mas é importante observar que cada robô pode representar uma fábrica em termos de produção. Tudo o que é necessário é energia e um bom software.No Brasil, 640 robôs industriais foram adquiridos em 2010, de acordo com o estudo. A cifra foi 29% maior que no ano imediatamente anterior e tendência é que este número continue crescendo. Em 2011, a estimativa de crescimento para a indústria robótica mundial é de 18%, com vendas de 139.300 unidades, impulsionadas principalmente pelos BRICs, que devem investir cada vez mais na modernização das suas plantas para ganhar competitividade. Já para o período 2012-2014, a projeção é de uma expansão de 6%, em média, nas vendas a cada ano.
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Mais robô, pouco trabalho?
Diante deste cenário, uma questão vem à tona: os humanos estão perdendo seus empregos para os robôs?
“Nos anos 90, a economia brasileira não estava em pleno crescimento, mas as máquinas não paravam de chegar. Isso preocupou quem trabalhava nas montadoras, por exemplo. Os funcionários na época temiam porque se desconheciam quais eram os limites da tecnologia que estava sendo importada, e que funções e empregos seriam prejudicados”, lembra Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
No entanto, de acordo com dados fornecidos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o que ocorreu foi justamente o contrário. A indústria automotiva, tradicionalmente uma das mais robotizadas em todo o mundo, vem aumentando progressivamente o número de funcionários empregados. Eram 90.697 em 2003, saltando para 144.710 em 2011. A única exceção ocorreu em 2009, quando houve uma queda nos postos de trabalho do segmento devido aos efeitos da crise econômica nos Estados Unidos.
"O investimento em tecnologia e inovação não inibe o emprego, ou seja, a presença do homem, que é de fato aquele que vai conduzir tal desenvolvimento", explica a entidade em nota enviada à reportagem. Entre 2011 e 2015, a indústria automotiva prevê investir 22 bilhões de dólares para modernizar suas plantas no Brasil. O montante representa em média um investimento de 4,4 bilhões de dólares ao ano.
Para Marcello Pia, especialista de desenvolvimento industrial do SENAI, a chegada dos robôs na indústria não representa o fim do emprego, mas sim uma mudança nas funções desempenhadas pelos humanos. “As ocupações de caráter manual são eliminadas, sendo substituídas por máquinas. Por outro lado, as pessoas que desempenham estes trabalhos podem ser capacitadas e qualificadas para agora operarem os robôs”, argumenta.
A defesa das novas máquinas é feita até mesmo pelos representantes dos trabalhadores. Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ele é favorável à modernização da indústria automotiva brasileira e à implantação de novos robôs, mas adverte que todo processo de automação deve ser discutido entre as montadoras e o sindicato antes de ser aplicado.
"Quando ocorre um projeto de automação, verificamos se a vaga do profissional vai ser substituída por uma máquina. Diante disso, negociamos com as montadoras a possibilidade de remanejamento do trabalhador ou sugerimos outra função, com o mesmo salario e/ou mais alto", explica Nobre.
Questionado se um dia as máquinas poderão substituir os trabalhadores na indústria automotiva, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirma: “Teremos menos vagas no futuro. Por outro lado, teremos mais gente qualificada. Não estaremos falando de operários, mas sim de engenheiros e técnicos. Teremos um novo perfil de trabalhador nas próximas décadas”, acredita.
Pelo menos R$ 2 milhões em emendas do deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB-PE) beneficiaram três empreiteiras ligadas a filiados ao PSB e a ex-assessores do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), pai do congressista, informa reportagem de Breno Costa, publicada na Folha desde domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O valor foi destinado nos últimos dois anos e representa 14% das emendas apresentadas pelo deputado ao ministério nesse período.
Entenda as acusações contra o ministro Fernando Bezerra
Reservatórios apodrecem em reduto eleitoral de ministro
'Diário Oficial' publica exoneração do irmão do ministro da Integração
Verba contra enchente vai para empresa aliada em PE
As empresas contratadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), estatal vinculada ao ministério, ficam em Petrolina, base eleitoral dos Coelho.
O ministro negou que tenha havido favorecimento às empresas contratadas com recursos de emendas do filho.
O ministério diz que a União não tem como intervir na competência de Estados e municípios no processo de contratação da empresas.
Leia a reportagem completa na Folha deste domingo, que já está nas bancas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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sab. 14/01/2012 - 10h02 PM's prometem greve já na próxima semana
O Estado pode amanhecer sem policiais e bombeiros militares já na próxima semana, caso a categoria não chegue a um acordo com o Governo do Estado em relação a diversas reivindicações, entre elas 100% de reajuste das perdas salarais.
Segundo o cabo Edvaldo Xavier, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar do Pará, 'desde 2006 que os cabos e sargentos vêm sofrendo perdas quando há reajuste nos seus salários', comentou indignado.
Uma assembleia geral na próxima quarta-feira (18) deve decidir o futuro do movimento. 'Neste dia vamos discutir, além do reajuste salarial, o aumento da gratificação do risco de vida, o cumprimento da lei de interiorização, definição em lei da carga horária de trabalho e gratificação de dedicação exclusiva e tempo integral', citou Xavier.
Caso os militares não cheguem a um acordo com o Governo do Estado, uma greve pode atingir todo o Pará ainda esse mês. 'Se nada for decidido, pelo menos 13 mil policiais militares devem parar em todo o Estado', alertou o cabo. Somente a Polícia Militar do Pará conta hoje com cerca de 14 mil policiais em todo o Estado.
Outro lado - Por telefone, a assessoria da Polícia Militar afirmou ao Portal ORM que ainda não há nenhuma informação oficial sobre greve da categoria. A assessoria informou ainda que o comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes, ainda não foi procurado por nenhuma das oito associações que fazem parte do comando de greve para tratar sobre o assunto.
A assessoria lembrou, no entanto, que, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988, 'ao militar são proibidas a sindicalização e a greve', por isso, não há lei específica que obrigue que permaneça um efetivo mínimo de policiais nas ruas, caso o movimento seja deflagrado.
Mudanças - No último dia 6 de janeiro, o Governador do Estado, Simão Jatene, trocou o comando da PM. O coronel Daniel Borges assumiu o cargo antes ocupado pelo coronel Mário Solano. Três dias após sua posse, o coronel anunciou os nomes dos novos gestores das unidades da PM em todas as regiões do Estado, além de ter divulgado quais as próximas ações da Polícia Militar enquanto estiver no cargo.
Sobre o atual número de policiais, o comandante geral ressaltou que o governor realizará concurso público neste ano, para ampliar o quadro com mais de 2 mil militares.
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Fotojornalista
Estar em lugares inóspitos e brigar por espaço para conseguir os melhores enquadramentos. A combinação de fatores que tornam a rotina de um fotojornalista estressante é até óbvia.
Some-se a isso salários nem tão atraentes, horários estranhos e muita pressão. Pronto, terá como resultado um nível de estresse de 47.09.
]Bangcoc - O sacrifício de cachorros disparou no Vietnã, onde o cozido com a carne deste animal é um dos pratos preferidos nas casas, restaurante e bares, devido à proximidade das celebrações do Ano Lunar.
A grande procura por carne de cachorro diminuiu consideravelmente a população canina, levou os vietnamitas a abastecer-se em países vizinhos e os matadouros a acelerar os sacrifícios, de acordo com as organizações locais de defesa dos animais.
'Nas ruas de cada província do centro do país, perto da fronteira com o Laos, podemos ver a todo momento enormes caminhões passando com pelo menos 200 ou 300 cachorros enjaulados como galinhas, com dez animais por jaula, para abastecer à indústria de carne de cachorro no Vietnã', disse à Agência Efe, Tuan Bendixxen, diretor do escritório do grupo Animals Asia no país.
Segundo a crença popular vietnamita, o consumo da carne deste animal aumenta a saúde e a longevidade, além da temperatura corporal nos meses de inverno, e é comum comê-la como parte do ritual para atrair sorte durante os festejos de Ano Novo, que ali começará no dia 23 de janeiro.
O crescimento da classe média no país contribuiu para aumentar a procura por carne, vísceras, patas, rabo e outras partes do cachorro para preparar diferentes tipos de cozido que até pouco tempo era privilégio das famílias mais abastadas.
'O aumento do consumo fez com que muitos dos animais fossem trazidos ilegalmente de outros países, como a Tailândia', declarou o diretor da entidade protetora.
Um estudo da universidade de Chulalongkorn, em Bangcoc, calcula que são contrabandeados cerca de 30 mil cachorros por mês da Tailândia para suprir a forte demanda do Vietnã.
Uma prática comum entre os traficantes é dar grandes quantidades de água aos cachorros ou introduzi-la por uma mangueira até o estômago para que aparentem ser mais pesados e possam ser vendidos por um preço maior.
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Em agosto de 2011, quatro tailandeses e um vietnamita foram detidos acusados de tráfico de animais enquanto tentavam atravessar a fronteira da Tailândia com o Laos com cerca de dois mil cães, cujo destino eram as panelas de casas e restaurantes do Vietnã.
Apreensões como esta fizeram com que o preço do quilo da carne de cachorro esquartejado subisse para US$ 30. Estes milhares de animais resgatados são só a ponta do iceberg do comércio ilegal entre Tailândia e Vietnã.
O consumo desta carne, que não passa por nenhuma avaliação do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã, causou inúmeros casos de cólera e raiva em pessoas, alguns resultando em mortes.
'Cerca de 40% das pessoas que possuem raiva no país não foram mordidas, mas admitem ter consumido carne de cachorro', explicou o médico Heiman Wertheim, do Instituto Nacional para Infecções e Doenças Tropicais de Hanói.
A Agência de Alimentação vietnamita adverte que o país carece de medidas sanitárias para prevenir doenças contagiosas e para alertar a população sobre o perigo de consumir partes de cachorro, um comércio feito sob nenhum controle.
'Regulamentar o comércio seria uma solução superficial, pois ainda permitiria que os animais sofressem', considerou Jim Robinson, fundador e diretor-geral da Animals Asia no Vietnã.
'Pedimos ao Governo em diversas ocasiões uma reunião para tratar o assunto do comércio da carne de cachorro, mas sempre recebemos um não como resposta', comentou o diretor da entidade protetora de animais na Ásia.
A organização estima que só na Cidade de Ho Chi Minh, antes de Saigon, há cerca de 175 estabelecimentos que incluem em seu menu pratos variados feitos com cachorro, e no total seus clientes consumem cerca de 350 animais por dia.
Nas Filipinas, China, Indonésia, Coreia do Sul e em partes da Tailândia onde a população é de origem vietnamita, também se come carne de cachorro, porém os Governos filipinos e sul-coreanos promulgaram leis que proíbem este comércio.
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