sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Edital do Inss

INSS lança edital de concurso; veja os simulados

São mais de 1,8 mil oportunidades; inscrições começam na próxima segunda-feira

Bia Parreiras/EXAME

Posto de atendimento do INSS

Posto de atendimento do INSS: provas acontecem em 12 de fevereiro

São Paulo - O INSS acaba de divulgar o edital de um dos concursos mais aguardados do ano. Ao todo são 375 oportunidades para o cargo de perito médico previdenciário que exige formação em medicina. Neste caso, os salários chegam a 9.070,93 reais.

No total, são 1.875 oportunidades. Destas, 1,5 mil são para o cargo de para técnico do seguro social que oferece salário de 4.496,89 reais.

As inscrições começam na próxima semana pelo site da Fundação Carlos Chagas, a partir das 10h, e terminam em 11 de janeiro.

A prova objetiva para o cargo de perito médico acontece em 12 de fevereiro.

Confira os três simulados e respectivos gabaritos nas páginas seguintes:


Na politica novas estratégias de ganhar dinheiro Público dos impostos ao Povo confira abaixo:

- Personagens coadjuvantes na queda de três ministros no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff, as entidades privadas sem fins lucrativos foram autorizadas a receber quase R$ 1 bilhão extra no Orçamento de 2012, ano eleitoral. A proposta orçamentária original chegou ao Congresso prevendo repasses de R$ 2,4 bilhões às organizações não governamentais (ONGs), mas, inflados pelas emendas parlamentares, os gastos poderão alcançar R$ 3,4 bilhões.


A lei orçamentária será sancionada pela presidente nos próximos dias. O aumento do dinheiro destinado a essas entidades acontece no momento em que o governo tenta conter as irregularidades no repasse de verbas para as ONGs, estimuladas por uma dificuldade crônica de fiscalizar as prestações de contas desses contratos.

O aumento dos repasses surpreende sobretudo pelo valor. No Orçamento de 2011, o aumento de verbas aprovado pelo Congresso para as ONGs foi de R$ 25 milhões. No de 2012, o volume é 38 vezes maior: R$ 967,3 milhões. Os gastos extras estão concentrados nos ministérios da Saúde, do Trabalho e da Cultura,

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o atraso médio na apresentação das prestações de contas cresceu em 2010 e alcançou 2,9 anos. Já a demora na análise das contas diminuiu, mas ainda é de inacreditáveis 6,8 anos, em média.

Os problemas não se resumem à falta de fiscalização. A Controladoria-Geral da União (CGU) já apontou o desvio de verbas em entidades contratadas em pelo menos cinco ministérios diferentes.

Pente-fino

No final de outubro, em meio a denúncias de desvios na aplicação de verbas dos ministérios do Trabalho, do Turismo e do Esporte, a presidente Dilma Rousseff determinou uma devassa nos contratos, que só poderiam ter pagamentos retomados com o aval do ministro e sob sua responsabilidade direta.

Quase três meses depois, o governo não informou ainda o número de entidades que poderão ser obrigadas a devolver o dinheiro que receberam e não poderão celebrar novos contratos. Não se sabe quantas entidades tiveram os recursos liberados, depois do bloqueio inicial. O prazo para resolver as pendências termina no final do mês. Esse trabalho tem como objetivo separar entidades eficientes daquelas que desviam dinheiro.

O aumento dos repasses a ONGs aprovado pelo Congresso vai na contramão das restrições impostas pelo governo, ao exigir que as entidades beneficiadas tenham de passar por seleção prévia e mostrar experiência na área para as quais foram contratadas.Nos últimos anos multiplicaram-se as entidades de fachada e sem qualificação, pois, a pretexto de evitar a burocracia, bastava a apresentação de três declarações atestando a existência da ONG para que ela fosse contratada para prestar serviços à União.


"O governo estabeleceu travas importantes para que os problemas não se repitam", avalia a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Corrupção

Investigações de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso, da CGU e do TCU identificaram reiteradas irregularidades em entidades. Desde 2002, pelo menos, o relatório final da CPI das ONGs já alertava para a proliferação de entidades "sem que haja qualquer mecanismo institucional de controle sobre as atividades que desenvolvem".

Depois disso, em 2006, a CPI dos Sanguessugas revelou esquema de 53 entidades que haviam desviado dinheiro de convênios para a compra de ambulâncias.

Campeão

Em 2012, é o Fundo Nacional de Saúde (FNS) o destino da maior parcela de gastos extras autorizados pelo Congresso: foram R$ 726 milhões extras, que elevam as autorizações de gastos para R$ 1,2 bilhão.

O Ministério do Trabalho vem logo em seguida no ranking dos principais destinos do dinheiro extra. O Orçamento das ONGs aumentou R$ 49 milhões, para R$ 187 milhões. No final do ano passado, o TCU mandou suspender convênios do Ministério do Trabalho com entidades privadas sem fins lucrativos ao detectar 500 prestações de contas com análises pendentes. Suspeitas de corrupção envolvendo ONGs derrubaram o então ministro Carlos Lupi.

No ano passado, ONGs receberam R$ 2,8 bilhões dos cofres públicos - considerando os pagamentos efetivamente feitos. O Ministério da Ciência e Tecnologia concentrou a maior parcela dos pagamentos, com R$ 873 milhões de gastos. Os ministérios da Educação e da Saúde aparecem na sequência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estudar em cima da hora

Estudar em cima da hora pode potencializar o aprendizado

Cientistas afirmam que hormônios produzidos em situação de estresse ajudam a guardar a informação de forma eficiente. Em excesso, porém, efeito é inverso

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Estudar

Pesquisadores descobriram que um pouco de estresse pode ser benéfico na hora do aprendizado

São Paulo - Estudar em cima da hora, antes de uma prova, pode ser a melhor forma de aprender. É o que indica uma nova pesquisa publicada no periódico Experimental Neurology. Segundo seus autores, hormônios produzidos em situação de estresse provocam mudanças dentro das células do cérebro que ajudam a guardar a informação de forma mais eficiente. Em excesso, porém, o estresse pode ter o efeito inverso.



Neurocientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, concluíram que hormônios como o cortisol e a adrenalina parecem acelerar um mecanismo que reprograma o DNA do cérebro, de modo a favorecer o processo de aprendizado. Hans Reul, neurocientista responsável pela pesquisa, acredita que a reprogramação das células cerebrais em resposta ao estresse faz com que os neurônios fiquem maiores e aumentem as redes de comunicação entre si.

"É comum perceber que as lembranças de momentos de estresse são aquelas que permanecem conosco para o resto da vida", disse Reul, em entrevista ao jornal inglês Daily Telegraph.

No entanto, estresse demais pode ter o efeito contrário, alertou Reul. "Quando estamos estressados demais não é possível absorver informações novas", disse. "O cérebro começa a substituir informações e a formação da memória não é suficiente."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ipamb concurso

Prefeitura de Belém lança edital para o Ipamb

Quarta-Feira, 07/12/2011, 09:16:00
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A Prefeitura Municipal de Belém divulgou edital autorizando a realização de concurso público para o Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (IPAMB). São 221 vagas distribuídas entre nível fundamental, médio e superior.

Os salários vão de R$ 559,90 a R$ 2.088,96, além de benefícios como vale alimentação, vale transporte, plano de saúde e adicional, que, dependendo do cargo, varia de 20% a 80%. As inscrições estarão abertas até o dia 10 de janeiro de 2012, e podem ser feitas pelo site do organizador (www.cetapnet.com.br). Os valores das taxas são de R$ 40,00 para os cargos de nível fundamental, R$ 50,00 para nível médio e R$ 70,00 para nível superior. A prova será no dia 12 de fevereiro de 2012. (Diário do Pará)

Projeto de condomínio logístico em Cajamar (SP)

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Inteligencia melhor

Sabe-se que o QI médio é mais alto nos países ricos do que nos pobres. E, na maior parte do mundo, o QI médio da população vem subindo alguns pontos por década desde o início do século XX (esse fenômeno é conhecido como Efeito Flynn, nome do cientista neozelandês que o estudou). Confira, a seguir, cinco maneiras de estimular o cérebro e desenvolver a inteligência.

1 Avance o máximo possível nos estudosSize_140_codigo-genetico-afp-jpg

Uma pesquisa da universidade de Cornell, no estado americano de Nova York, mostrou que cada ano de estudo regular acrescenta vários pontos ao QI. Assim, se você puder chegar ao pós-doutorado, não pare na graduação.

2 Escolha uma atividade profissional desafiadora

Um estudo realizado durante 30 anos pelo National Institute of Mental Health americano (citado pelo Wall Street Journal) concluiu que profissionais que desempenham atividades complexas, resolvem problemas difíceis no dia-a-dia ou lidam com pessoas de forma elaborada tendem a ter melhores resultados nos testes de QI. Aqueles que, ao contrário, realizam um trabalho simples, que não exige raciocínio, tendem a piorar com o tempo.

3 Explore novos assuntos

As atividades que mais contribuem para elevar o QI são aquelas com a qual a pessoa não está habituada. Ou seja, encarar algum assunto totalmente novo de vez em quando traz benefícios à mente. Numa pesquisa da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, 20 jovens treinaram malabarismo durante um mês. Os neurocientistas observaram um rápido aumento na massa cinzenta do cérebro desses voluntários. Quando o treinamento terminou, o cérebro foi lentamente voltando ao estado anterior, mas as pessoas conservaram a habilidade desenvolvida com os malabares. Experimentos similares em outros países confirmaram as observações dos alemães.

4 Estude e pratique música

A música é um excelente estimulo para o cérebro. Uma pesquisa da Universidade de Toronto em Mississauga, no Canadá, apontou que seis anos de estudo de música na infância provocam um aumento médio de 7,5 pontos no QI. Outro estudo, da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, observou que músicos que permanecem ativos por pelo menos uma década conservam um QI elevado até depois dos 60 anos.

5 Prefira o lazer inteligenteSize_140_livros

Há uma variedade de jogos que prometem desenvolver a inteligência. E as pesquisas mostram que eles funcionam. Um dos mais conhecidos é o N-back, disponível, inclusive, na forma de aplicativo para iPhone e Android. Mas qualquer jogo que envolva desafios mentais traz bons resultados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dicas de Estudos I

Como sempre falo, não existe uma maneira certa e nem uma fórmula tipo “receita de bolo” para estudar. O concurseiro deve utilizar a técnica com a qual melhor se identifica. Mas, de modo geral, algumas atividades são indispensáveis. Falarei a seguir um pouco mais sobre as atitudes a serem tomadas para iniciar com o pé direito o estudo e algumas etapas que não podem faltar na sua preparação.

Ter estratégia para estudo é uma das condutas mais importantes para o aprendizado, é o plano que você irá desenvolver. São muitas as estratégias, para as diferentes metas e a melhor é, justamente, aquela que envolve o todo do projeto e com a qual você melhor se identifica.

Ao escolher sua estratégia é necessário observar três fatores: a personalização, sua flexibilidade para adequá-la e a avaliação do custo benefício que trará para você.

Nenhuma técnica está “escrita na pedra” é sempre possível modificá-la para melhor atender às suas necessidades. As preferências pessoais irão moldar as melhores estratégias e os resultados virão com a intimidade com a técnica e o autoconhecimento que determinarão suas escolhas. Proponho, a seguir, um exemplo possível de estratégia de estudo, comentando seus itens:

  • Assistir às aulas: alguns concurseiros têm a possibilidade (condição financeira e tempo) de frequentar um curso preparatório ou aulas das disciplinas exigidas pelo edital em cursos de extensão e universidades. Para aqueles que têm essa oportunidade, assistir às aulas, frequentá-las com assiduidade e tirar eventuais dúvidas é uma excelente forma de auxiliar na preparação. Os professores dos cursos são fonte de informação e vão ajudá-lo a orientar seu estudo e direcioná-lo para que seja bem-sucedido.
  • Realizar anotações: anotar o conteúdo de aulas é uma prática antiga que auxilia na memorização de um dado conteúdo. Anotar é a melhor maneira de recordar.ização, ou seja, não dispensam a leitura e compreensão da matéria. Outra forma de colocar as anotações de uma forma ainda mais prática é dispondo-as em mapas mentais. A técnica de mapas mentais constitui-se em dispor a informação em desenhos simples que remetam ao conteúdo da matéria. Por ser uma forma mnemônica de estudo possui grande eficiência. Reforço que os mapas são uma técnica de memor
  • Leitura inicial (livros, códigos, doutrina, súmulas etc.): a maior parte dos concurseiros começa exatamente nessa fase. Sem as aulas para dar o suporte ao estudo, eles partem do edital e pelas obras de referência estudam os conteúdos que serão cobrados. A leitura é indispensável para qualquer certame. Leia, inclusive, comentários e repercussões sobre as provas nessa leitura inicial.
  • Leitura aprofundada: após feita a primeira leitura é chegada a hora de ler profundamente, destacando as partes mais importantes do texto. Nesse momento é valido sublinhar, marcar com marca-texto, envolver, comentar nas bordas, colocar símbolos e setas, enfim, tudo que facilite a apreensão do conteúdo. A técnica da leitura dinâmica pode ser utilizada em qualquer fase da leitura e irá ajudar o concurseiro a ganhar tempo, entretanto, deve ser feita corretamente, não se trata de “ler rápido”, trata-se de “ler eficiente”.
  • Elaboração de resumos: o próximo passo após a leitura aprofundada é exatamente a elaboração de resumos, com os elementos que foram destacados em sua leitura aprofundada. Como as anotações de aula, são extremamente úteis na preparação, especialmente por destacarem o mais importante na matéria. O resumo, em si, já é uma forma de estudar, porque ao transcrever o conteúdo acabamos por fixá-lo. Não confundir, no entanto, transcrever simplesmente com fazer um resumo. Ao resumir você tem de prestar atenção ao todo da matéria e, até mesmo, realizar remissões no assunto.
  • Realização de exercícios: sem dúvida alguma uma das etapas mais importantes em sua sequência de estudos, a realização de exercícios, especialmente a resolução de provas anteriores, é indispensável uma vez que, além de auxiliá-lo na revisão, irá prepará-lo para o estilo de prova de determinadas bancas. Estar familiarizado com o estilo de pergunta ou “pegadinhas” propostas é uma boa parte do caminho para o sucesso. Alguns conteúdos também tendem a se repetir, dessa maneira, ter feito prova anteriores é uma forma de se antecipar e prever provas futuras.
  • Revisão dos assuntos ainda não consolidados:após toda a revisão e leitura é normal que alguns assuntos não se tenham consolidado na mente dos concurseiros. Um bom termômetro para medir essa assimilação é, justamente, a realização de provas anteriores. Aquelas questões que foram respondidas de maneira incorreta, porque o candidato, realmente não dominava o assunto – e não porque resolveu mudar a resposta na última hora – devem ter seu conteúdo reforçado. Releia os resumos e marcações no livro, faça novos comentários e relacione o conteúdo de maneira a facilitar a conexão com outros assuntos mais fáceis para você.
  • Revisão dos resumos: assim como é necessário rever os resumos e fazer novos comentários, em muitos casos será necessário refazê-los, seja para complementá-los ou simplificá-los. É comum que os primeiros resumos sejam bastante complexos e com muitas informações, quando o ideal é mantê-los bastante simples. Revisar o seu resumo pode corrigir essas pequenas falhas e otimizar seu estudo.

Esse é um dos caminhos a se trilhar, não é o único, mas ao longo de minha experiência, têm funcionado e ajudado muitas pessoas em suas aprovações. Insisto, você deve descobrir qual o melhor método para você! Como você fica confortável ao estudar, às vezes ir à aula após já ter estudado profundamente a matéria pode ajudá-lo a sanar as dúvidas finais que ficaram etc. Antes de escolher a sua sequência de estudo, no entanto, tenha em mente que a boa preparação exige muito afinco e dedicação. Não necessariamente passar horas a fio estudando, mas estudar com qualidade. Você faz sua aprovação, comece já!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ACESSO À INFORMAÇÃO AP avalia legislação em 105 países

Mais de 5,3 bilhões de pessoas em mais de 100 países têm, legalmente, direito a receber informações sobre seus governos. Pelo menos esta é a promessa: nos últimos dez anos, leis de acesso à informação espalharam-se rapidamente pelo mundo. O problema é que, muitas vezes, em vez de serem uma ferramenta potente de estímulo à participação dos cidadãos na vida política e na exposição de casos de corrupção, elas simplesmente não funcionam. A agência de notícias Associated Press fez um teste e descobriu que, em mais da metade dos países que têm leis de acesso a informação, elas não são respeitadas.

Repórteres da AP testaram a premissa de que estas leis “refletem a crença básica de que a informação é poder e pertence ao público”. Durante uma semana, em janeiro, eles enviaram perguntas sobre prisões e condenações por terrorismo, avaliadas por especialistas, à União Europeia e aos 105 países que têm leis de direito à informação ou cláusulas constitucionais.

Os resultados:

** Apenas 14 países deram respostas completas no prazo estabelecido pela lei. Outros 38 forneceram informações com atraso à maior parte das questões da AP.

** Democracias mais jovens foram, em média, mais proativas que as mais antigas. A Guatemala, por exemplo, confirmou o pedido em 72 horas, e enviou todos os documentos solicitados em 10 dias. A Turquia enviou os dados em sete dias. O México postou as respostas na web. O Canadá, por sua vez, pediu uma extensão de 200 dias. O FBI, nos EUA, enviou um documento de uma página, contendo quatro datas, duas palavras e um grande trecho apagado, com seis meses de atraso.

** Mais da metade dos países (54) não revelou nenhum dado até o fim da pesquisa, 35 nem ao menos confirmaram o recebimento do pedido (entre eles o Brasil), e seis se recusaram a revelar informações, citando questões de segurança nacional. Dos países africanos, 11 dos 15 que receberam as perguntas não responderam.

** Alguns países adotaram leis de acesso à informação como condição para receber financiamento ou fazer parte de grupos internacionais. A China, por exemplo, mudou as regras como condição para se juntar à Organização de Comércio Mundial em 2001, e o Paquistão, por uma ajuda de US$ 1,4 bilhão do Fundo Monetário Internacional, em 2002. Nenhum dos dois países respondeu ao pedido da agência.

** Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, a maior parte da reação dos países não foi surpresa, como no caso da China (uma das maiores prisões para jornalistas) ou do Paquistão (onde falar a verdade pode colocar a vida de um jornalista em risco). Tampouco surpreendeu a burocracia americana: a AP teve que enviar cartas a seis unidades dos departamentos de Justiça e Segurança Nacional, além de uma troca de emails com o FBI seguida de 18 telefonemas.

** A maior surpresa foi o México. Segundo o CPJ, 27 jornalistas foram assassinados no país desde 1992, e a maior parte dos crimes continua impune; ataques à imprensa são comuns, principalmente vindos dos carteis de drogas. Mas, apesar do cenário pouco animador, a lei de acesso à informação do México costuma ser citada como modelo. Os pedidos podem ser anônimos, e todas as respostas são públicas. O sistema confirma o recebimento do pedido imediatamente e respostas completas chegam, em geral, no prazo de um mês

Sam Branson vai herdar a loucura do pai?

Ainda não está claro como Sam Branson está se preparando para assumir a Virgin, o grupo fundado por seu pai e que, hoje, atua em áreas como música, livros, aviação, telefonia celular e combustíveis.

Por enquanto, o herdeiro é visto mais circulando com celebridades de Hollywood e modelos, e curtindo a vida na ilha particular da família – nada mais natural para quem pode herdar 4,2 bilhões de dólares, a fortuna estimada de Richard Branson, segundo a Forbes.


O governo anunciou a liberação de R$ 12,1 bilhões para gastos adicionais até o fim do ano – R$ 11,9 bilhões para o Executivo e a diferença para os outros dois poderes. Essa verba foi liberada porque a arrecadação tem sido maior que a prevista, segundo relatório do Ministério do Planejamento sobre execução orçamentária. Analistas poderiam perguntar se não valeria reter esse dinheiro para reforçar o resultado fiscal. Mas a turma da reportagem foi um pouco mais fundo atrás de uma informação menos técnica e mais interessante politicamente: como será usado esse dinheiro extra?

A resposta apareceu no Estado de S.Paulo e na Folha de S.Paulo: a maior parte será usada para atender a interesses de senadores e deputados e garantir votos para projetos muito importantes para o Executivo. Um desses é o projeto de prorrogação da DRU, a Desvinculação de Receitas da União, um mecanismo usado para dar ao governo maior liberdade financeira.

A proposta de emenda constitucional sobre a DRU foi aprovada na Câmara em primeiro turno, mas os deputados ainda deverão votá-la mais uma vez. Se a aprovação se confirmar, o projeto será remetido ao Senado e ainda será necessário um truque regimental para se encerrar a tramitação até o fim do ano. O Executivo precisa disso para poder controlar no próximo ano uma verba adicional estimada entre R$ 60 bilhões e R$ 64 bilhões.

Títulos semelhantes

Os dois jornais mencionaram as pressões dos parlamentares pela liberação de dinheiro para suas emendas. Recursos para essa finalidade são geralmente retidos quando há um bloqueio orçamentário, como houve neste ano. Essas emendas – em geral projetos de interesse paroquial e clientelístico – são especialmente importantes, neste e no próximo ano, por causa das eleições municipais de 2012. Estadão eFolha deram uma bela demonstração, nesse caso, de como ir além de uma cobertura burocrática.

Os jornais brilharam um pouco menos ao noticiar a nova elevação da nota do crédito soberano do Brasil pela agência Standard & Poor’s. Fizeram a costumeira repercussão, entrevistaram economistas do setor financeiro e até da própria agência, mas nenhum dos grandes apresentou um bom e organizado resumo da nota explicativa distribuída pela própria S&P.

Às vezes, cuidar do mais óbvio pode ser muito produtivo. A nota habitualmente publicada por essas agências é com frequência mais informativa que os comentários. Além de elogios, esses textos em geral apresentam ressalvas e recomendações. Alguns desses pontos foram citados pelos jornais, mas sem suficientes clareza e detalhe.

Estadãoe Folha apresentaram títulos parecidos na primeira página. “Em meio à crise, agência de risco eleva nota do Brasil”, informou o primeiro. “Em plena crise, agência de risco aumenta nota do Brasil”, noticiou aFolha. O Globo valorizou um detalhe mais curioso: “Agência que rebaixou EUA eleva o Brasil”. O Brasil Econômico também apelou para o contraste direto: “Europa derrete e nota do Brasil sobe”.

Medidas de crédito

As novas informações do Censo Demográfico de 2010, recém liberadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, também renderam material extenso. Todos os grandes jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro valorizaram mais ou menos os mesmos pontos – alguns dados positivos, como a redução da taxa de fecundidade e o maior acesso a bens de consumo duráveis, e alguns ainda muito ruins, como indicadores educacionais insatisfatórios e as deficiências dos serviços de saneamento.

De modo geral as matérias foram interessantes e transmitiram o essencial, mas alguns pontos poderiam ter sido mais explorados do ponto de vista econômico. Caberia, por exemplo, uma comparação dos padrões educacionais brasileiros com os de outros emergentes empenhados na competição internacional. Uma boa matéria deveria incluir, naturalmente, informações sobre políticas e prioridades na área da educação.

Na cobertura da estratégia anticrise do governo brasileiro, o Valor Econômico foi além dos concorrentes ao mostrar a participação da presidente Dilma Rousseff na mudança da política de crédito: “Dilma determinou o afrouxamento”, segundo a matéria principal do caderno de “Finanças” de quinta-feira (17/11). De acordo com a reportagem, ela se havia reunido na semana anterior, separadamente, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Nesses encontros, havia ordenado o “reequilíbrio” (a palavra foi citada entre aspas) das medidas de crédito adotadas neste ano.

A matéria menciona a insistência da presidente em afirmar a autonomia operacional do BC. Mas essa autonomia, se ainda existir mesmo, parece restrita às decisões sobre os juros. E as demais medidas de crédito? Essa pergunta não aparece explicitamente no texto, Mas é muito difícil chegar ao fim da leitura sem reavivar todas as dúvidas sobre o atual status da política monetária.

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